Empresa espanhola suspeita de estar envolvida num caso de corrupção em Angola
A polícia espanhola realizou esta quarta-feira de manhã em Madrid buscas nas instalações da empresa pública Mercasa que, segundo a imprensa local, está alegadamente implicada num caso de corrupção na construção do mercado abastecedor de Luanda, em Angola.
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Esta operação foi feita em coordenação com uma outra, realizada também esta quarta-feira, à empresa pública de abastecimento de água de Madrid, "Canal de Isabel II", que se saldou pela prisão de 12 pessoas, entre elas o ex-presidente da Comunidade Autónoma de Madrid Ignacio González.
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Segundo o jornal El Mundo, tanto a Mercasa, empresa pública de serviços na cadeia alimentar, como a "Canal de Isabel II" estão envolvidas na construção de um grande mercado abastecedor em Luanda em que se suspeita que poderá ter havido o pagamento de comissões ilegais.
Por seu lado, a agência Efe assinala que não houve detidos na operação de buscas na Mercasa e que a justiça está a investigar uma série de pessoas que assinaram um contrato de 500 milhões de dólares norte-americanos com o Governo de Angola para montar um mercado abastecedor em Luanda.
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Os investigadores querem saber se houve preços inflacionados nesse contrato e pagamento de comissões aos investigados, que podem vir a ser acusados de crime de corrupção, branqueamento de capitais, suborno e pertença a uma organização de criminosos, segundo a agência espanhola.
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Uma fonte jurídica citada pela Efe refere que estes casos têm ligação com um outro caso de corrupção de venda de armas a Angola pela empresa, também pública, Defex.
O El Mundo interroga-se sobre o papel em todos estes negócios do empresário luso-angolano Guilherme Taveira Pinto, que vive actualmente em Luanda e é procurado pela justiça espanhola e pela Interpol (polícia internacional) para responder no caso Defex.
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Um dos responsáveis da Mercasa é Pablo González, irmão do ex-presidente da Comunidade Autónoma de Madrid Ignacio González que foi preso hoje.
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