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Forum aproxima África e Europa

EuroAfrican Forum 2023 realiza-se em julho em Carcavelos e vai reunir cerca de 500 pessoas.

antónio calçada de sá Presidente da Direção do Conselho da Diáspora Portuguesa
antónio calçada de sá Presidente da Direção do Conselho da Diáspora Portuguesa D.R,
11 de Junho de 2023 às 09:03

Chefes de Estado e membros de governos de cerca de uma dezena de países, investidores, gestores e académicos vão explorar oportunidades e analisar projetos concretos para aproximar Europa e África no EuroAfrican Forum 2023, em julho, em Carcavelos.

"A temática que nós vamos desenvolver este ano é: Europa-África, oportunidades de crescimento" para esta aliança, falando "de investimento, infraestruturas, transição energética e transformação digital", adiantou em entrevista à Lusa António Calçada de Sá, presidente da direção do Conselho da Diáspora Portuguesa.

Esta organização não-governamental para o desenvolvimento é a organizadora do evento, que decorrerá em 18 e 19 de julho, em que é esperada a participação de pelo menos 500 pessoas.

A cerca de um mês da realização do fórum, a organização tem confirmadas as presenças de ministros e decisores públicos de todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), ou seja Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, além de África do Sul, Zimbabué e Ruanda, e manifestação de vontade de participar de outros, podendo ultrapassar a dezena.

Nesta 6.ª edição, um dos temas a tratar é a inovação, "mas já com projetos muito concretos para África", salientou na entrevista à Lusa o presidente da organização que trabalha para mobilizar a diáspora portuguesa para a melhoria da imagem e credibilidade de Portugal no estrangeiro e dar a conhecer as potencialidades do país.

"Transformação digital: maior integração para um ecossistema digital global" é o primeiro tema em debate, contando entre os oradores com Normam Albi, presidente da MEDUSA Submarine Cable Sistem, o operador de infraestruturas que nasceu para interligar países do Sul da Europa - Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Chipre - com países do Norte de África - Marrocos, Argélia, Tunísia e Egito.

Neste painel, o primeiro depois da abertura oficial do evento a cargo do presidente do Conselho da Diáspora e de Durão Barroso, presidente do EurAfrican Fórum, intervêm também Audrey Mothupi, presidente executiva da SystemicLogic Group, um ator global de inovação financeira, dados e tecnologia, da África do Sul, e Abdellah Menou, diretor da Autoridade Aeroportuária de Marrocos.

"Estamos a ver uma coisa interessante: África, apesar de nós pensarmos sempre que chega mais tarde, e chega (…) mas chega com a última versão das transformações digitais", e é uma "grande vantagem chegar nos últimos capítulos de uma transmissão digital", referiu Calçada de Sá, para salientar a importância deste painel.

"Transformação verde: necessidade e oportunidade económica para aproximar a Europa e África" é o tema do painel que fecha a manhã do primeiro dia do encontro, que conta ainda com dois outros debates.

O primeiro será sobre "Educação de qualidade através da cooperação em pesquisa e inovação", com a participação, entre outros, de Mónica Ferro, diretora do gabinete de Genebra do Fundo das Nações Unidas para a População.

O segundo é sobre "Reforçar os sistemas de saúde: fabrico e acesso a vacinas, medicamentos e tecnologias da saúde", em que um dos intervenientes é Marie-Ange Saraka-Yao, diretora da área financeira da Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi).

Como "Apoiar o financiamento sustentável do crescimento", "Oportunidades e desafios da internacionalização e do comércio transfronteiriço UE-África" e "Ligar áfrica e Europa através de infraestruturas e transporte sustentáveis", são os temas para debate no segundo dia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, faz a abertura dos trabalhos deste último dia do Forum, em que participam oradores como Frannie Léautier, presidente da SouthBridge Investments, Rita Laranjinha, responsável pela política externa europeia para África, e Ngozi Okonjo-Iweala, antiga ministra das Finanças da Nigéria e atual diretora-geral na Organização Mundial do Comércio.

Com figuras destacadas do mundo empresarial e financeiro, mas também da academia, ciências, cultura e cidadania, o presidente do Conselho da Diáspora acredita que esta será uma grande oportunidade para mostrar "projetos concretos, muitos já a acontecer ou feitos" e "atrair quem são os principais interessados".

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