Inflação nos EUA cresce acima do esperado e ameaça subida mais rápida dos juros
A inflação nos Estados Unidos subiu mais do que era esperado no início deste ano, confirmando os receios dos investidores acerca do crescimento mais acelerado dos preços na maior economia do mundo, e as suas prováveis consequências ao nível do aperto da política monetária.
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De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, 14 de Fevereiro, o índice de preços no consumidor subiu 0,5%, em Janeiro, face ao mês anterior, sobretudo devido ao aumento dos preços dos combustíveis, rendas e cuidados de saúde. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o crescimento dos preços manteve-se em 2,1%.
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Já a inflação subjacente ("core inflation"), que exclui os preços mais voláteis da energia e dos alimentos, ficou inalterada em 1,8% no arranque do ano. Em relação ao mês anterior, os preços avançaram 0,3% - o maior avanço em um ano - depois da subida de 0,2% registada em Dezembro.
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Os analistas consultados pela Reuters antecipavam uma subida mais ligeira de 0,3% no índice de preços no consumidor e de 0,2% no "core".
Os dados conhecidos esta quarta-feira reforçam as expectativas de que a pressão dos preços vai acelerar este ano, e motivar uma subida mais rápida dos juros por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos, o que, por sua vez, pode ter consequências ao nível do crescimento económico.
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Nesse sentido, os números podem aumentar a pressão nos mercados financeiros norte-americanos, que reagiram com uma forte turbulência à mais rápida subida dos salários nos Estados Unidos, em oito anos, divulgada no início deste mês.
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A Fed antecipa, para já, três aumentos dos juros este ano, com o primeiro previsto já para Março.
(Notícia actualizada às 14:00)
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