Com 12 de agosto, data limite para a atual trégua nas tarifas ao comércio de bens entre China e EUA, a aproximar-se, delegações das duas maiores economias mundiais vão reunir-se para nova ronda negocial na próxima semana, na Suécia. A perspetiva de Washington é a de que haja uma extensão da pausa nas tarifas.

"Estarei em Estocolmo na segunda e terça-feira com os meus homólogos chineses", referiu esta terça-feira o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em declarações à Fox News. "Iremos trabalhar provavelmente numa extensão do prazo [que expira a 12 de agosto]", acrescentou.

Bessent indicou que as negociações com a China poderão agora abordar temas mais vastos, o que poderá abranger a prática continuada de Pequim de comprar petróleo "sancionado" à Rússia e ao Irão.

Em maio, na anterior ronda negocial que decorreu em Geneva, Washington e Pequim acordaram uma pausa de 90 dias nas tarifas que estavam já anunciadas para valores bem acima dos 100%. No mês passado, em Londres, um encontro levou a que cada um dos países levantasse os controlos às exportações de "chips" menos avançados para a China e um reforço dos envios de terras raras do gigante asiático para os Estados Unidos.

Bessent disse ainda esperar que a China "refreie a aposta na indústria e que se concentre em desenvolver uma economia de consumo".

O secretário do Tesouro previu uma "enxurrada" de acordos com diversos parceiros comerciais até 1 de agosto, a data limite definida pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.