Fantasma das tarifas leva a maior queda nas importações dos EUA em 36 anos
Um dos objetivos assumidos pelo Presidente dos EUA para a imposição de tarifas às importações era a redução do défice comercial norte-americano. Os dados de abril mostram uma queda a pique na compra de bens ao estrangeiro.
As importações de bens pelos Estados Unidos afundaram 19,8% em abril, naquela que é a maior quebra registada na maior economia mundial desde pelo menos 1989, indicou esta sexta-feira o Gabinete do Censos do país. O anúncio, a 2 de abril, das tarifas recíprocas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, retraiu as compras ao exterior, apesar de, posteriormente, se ter assistido a vários recuos nesta matéria.
As importações no mês passado cifraram-se em 276,1 mil milhões de dólares, menos 68,4 mil milhões do que os valores de março. Já as exportações cresceram 3,4% para 188,5 mil milhões de dólares.
Desta forma, o défice comercial encolheu 46% face a março, passando de 162,3 mil milhões de dólares para 87,6 mil milhões. Os analistas apontavam para um défice entre 110 mil e 177,2 mil milhões de dólares.
Os números podem ser vistos por Trump como uma vitória, uma vez que um dos objetivos que assumiu ter com a imposição das tarifas era a redução do défice comercial.
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