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Novo escândalo no FMI. Diretora Georgieva terá aligeirado relatório de alterações climáticas a pedido de Bolsonaro

Depois de um encontro de Kristalina Georgieva com um representante do governo brasileiro, o FMI emitiu um relatório em que deixou de fora que o Brasil não estava a tomar todas as medidas necessárias para mitigar as alterações climáticas. Indicação estava presente na versão anterior do documento.

Kristalina Georgieva FMI
Kristalina Georgieva FMI Reuters
08 de Outubro de 2021 às 15:24

Depois da China, o Brasil. A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) continua debaixo de fortes críticas, desta vez devido a um relatório sobre o impacto das alterações climáticas na economia brasileira, que terá sido aligeirado, depois de uma reunião de Kristalina Georgieva com representantes do governo do presidente do país Jair Bolsonaro, indica a Bloomberg.

O encontro da líder búlgara foi com Afonso Bevilaqua, que representa o país junto da organização, e que, por várias vezes, se tinha queixado de que o relatório podia prejudicar a economia do Brasil.

A versão final do documento, aprovada em julho, após a reunião, deixa cair algumas expressões mais duras que indicavam que o Executivo brasileiro não estava a tomar todas as medidas necessárias para enfrentar a crise climática. Apesar de ser comum haver várias versões e alterações nos relatórios do FMI, é raro que aconteçam após encontros com representantes dos países em causa.

O incidente surge numa altura em que o próprio FMI assume as alterações climáticas como bandeira das suas políticas. A própria Georgieva Kristalina tinha já assumido essa pasta ao longo da sua carreira, em organizações anteriores.

A responsável tem atualmente um processo de averiguações em curso devido a um relatório do Banco Mundial que indica que, quando esteve à frente daquela instituição - cargo que ocupou antes de chegar à liderança do FMI, terá manipulado dados económicos a favor da China.

Durante esta semana houve audições, tanto dos responsáveis pelo relatório como de Kristalina Georgieva, para tentar apurar os factos. A líder bulga negou veementemente todas as acusações de que é alvo.

Esta sexta-feira, os 24 membros do conselho do FMI tomarão uma decisão sobre o futuro da líder búlgara aos comandos da instituição. Qualquer que seja a decisão tomada, os especialistas concordam que estes escândalos mancham a reputação dos dois organismos.

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