A taxa de desemprego dos EUA subiu para um máximo de quatro anos e a criação de emprego continuou fraca em novembro, continuando a tendência de outubro, de acordo com dados do Gabinete de Estatísticas Laborais norte-americano divulgados esta terça-feira.

Foram criados 64.000 postos de trabalho não-agrícolas nos EUA em novembro, depois de uma queda de 105.000 empregos em outubro, enquanto a taxa de desemprego subiu para 4,6% no mês passado. Os dados eram aguardados com expectativa pelos investidores, uma vez que estiveram suspensos durante a paralisação do governo federal.       

A queda do emprego de outubro, a maior desde o final de 2020, deveu-se precisamente ao “shutdown”, em que cerca de 162.000 trabalhadores do setor público aceitaram a proposta de rescisão do contrato de trabalho feira pela Administração Trump.   

Embora os dados possam estar limitados – não foi divulgada a taxa de desemprego de outubro – continuam a ser determinantes para que a Reserva Federal (Fed) decida sobre o rumo das taxas de juro no próximo ano.

O presidente da Fed, Jerome Powell, assinalou que as taxas fora reduzidas pela terceira vez na semana passada devido ao “arrefecimento gradual” do mercado de trabalho e aos riscos significativos de um maior abrandamento.

Os fracos dados agora conhecidos poderão fazer com que os responsáveis da Fed revejam as perspetivas de cortes de taxas de juro em 2026. No “dot plot” conhecido a semana passada, os decisores de política monetária assinalavam apenas um corte em 2026.