"Não vai ser uma guerra mundial, mas vai ser uma guerra económica e uma guerra económica vai ser má. Vai ser má para a Rússia e eu não quero isso", disse o Presidente dos EUA, Donald Trump, num encontro com membros do seu gabinete na Casa Branca, na terça-feira.

O comentário de Donald Trump surgiu depois de uma questão sobre a existência de um "timing" para a realização do encontro entre os presidentes russo e ucraniano, que acabou por ser um dos grandes compromissos assumidos na reunião que aconteceu no Alasca, em meados de agosto.

"É muito sério o que tenho em mente [a nível de sanções], caso tenha de atuar", ameaçou o político americano.

O reavivar da pressão para que haja um acordo de cessar-fogo na Ucrânia acontece depois de um acalmar do tema após semanas intensas de negociações políticas: começou com a visita do Presidente russo, Vladimir Putin, ao Alasca para uma reunião com Donald Trump; seguiu-se depois um encontro entre Trump e vários líderes europeus, incluindo Zelensky; e pelo meio existiram conversas entre as partes, sobretudo para definir as garantias de segurança que poderão ser dadas aos ucranianos tendo em vista um acordo de paz.

Mas a disputa territorial continua a ser um dos elementos fulcrais da negociação, com a Rússia a pressionar para ficar com vários dos territórios conquistados durante a invasão, mas também com zonas que não controla militarmente.

De recordar que Donald Trump tinha prometido, durante a campanha para as presidenciais norte-americanas, que a resolução do conflito na Ucrânia seria uma das suas grandes prioridades e que ficaria resolvida num dia assim que tomasse posse como Presidente dos EUA.

A Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro de 2022.