Alemanha convoca embaixador dos Estados Unidos
O chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, vai reunir-se pessoalmente com o enviado norte-americano John B. Emerson, ao fim do dia de hoje, disse à agência noticiosa francesa AFP a porta-voz, numa iniciativa pouco habitual entre os dois aliados.
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"É correcto que o embaixador norte-americano foi convocado para uma reunião, esta tarde, com o ministro dos Negócios Estrangeiros Westerwelle. Nesta ocasião, a posição do Governo alemão vai ser claramente exposta", acrescentou a mesma porta-voz, confirmando informações divulgadas no site jornal “Der Spiegel”.
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Informações avançadas esta quarta-feira pela chancelaria alemã indicavam que a Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA) terá espiado o telefone pessoal de Angela Merkel.
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Merkel pediu esclarecimentos imediatos a Obama que terá garantido que os Estados Unidos “não estão a monitorizar nem irão monitorizar” as comunicações da líder alemã.
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Depois do Brasil, México, França e das próprias instituições europeias, o telefone pessoal de Angela Merkel, chanceler da Alemanha, também não terá escapado à vigilância dos serviços de espionagem norte-americanos. De acordo com vários órgãos de comunicação social estrangeiros, a NSA terá mantido sob escuta as ligações pessoais da chefe de Estado alemã.
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O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, de acordo com a “CNN”, disse que o presidente americano, Barack Obama, telefonou esta quarta-feira à chanceler alemã para garantir que os Estados Unidos “não estão a monitorizar nem irão monitorizar” o telemóvel da recém-eleita líder da Alemanha.
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Steffen Seibert declarou que Angela Merkel disse que caso seja verdade, trata-se de uma situação “completamente inaceitável”. “Seria uma grave quebra de confiança. Este tipo de práticas tem que acabar imediatamente”, rematou o porta-voz do Governo alemão.
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Desde que Edward Snowden, consultor que trabalhava em regime independente para os serviços de espionagem americanos, revelou que estes serviços procediam a práticas de espionagem e recolha de dados, que ultrapassavam as regras do Direito Internacional, o novelo relativo às práticas americanas tem-se desenrolado com a divulgação e a descoberta de casos crescentemente mediáticos.
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Para além de empresas como a Google ou o Facebook, que forneceram informações para a NSA, sabe-se que além das comunicações das instituições europeias, também os responsáveis políticos mexicanos, brasileiros e franceses foram alvo da espionagem norte-americana. Se no caso do Brasil se falou em espionagem industrial, as alegadas escutas ao telemóvel de Merkel poderão escalar, aquilo que tem estado de alguma forma circunscrito ao mediatismo da comunicação social, para um conflito diplomático de proporções ainda por conhecer.
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A revista alemã "Der Spiegel" noticiou em Junho deste ano que Merkel teria conversado com Obama, via telefone, para ouvir esclarecimentos sobre alegadas informações que indiciavam que Washington tinha vigiado alguns dos países europeus, seus aliados.
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