Ban Ki-moon visita Rússia e Ucrânia

O secretário geral das Nações Unidas viaja esta quarta-feira, 19 de Março, para a Rússia e sexta-feira visitará a Ucrânia, noticia o jornal espanhol "El Mundo".

 

Com o objectivo de aumentar os esforços diplomáticos para encontrar uma solução pacífica para a actual crise que se vive entre os dois países, o representante da ONU viaja para Moscovo onde vai reunir-se quinta-feira, 20 de Março, com o Presidente russo, Vladimir Putin, e com o ministro do Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, informou o seu porta-voz num comunicado citado pelo "El Mundo".

 

Sexta-feira, 21 de Março, o secretário geral das Nações Unidas, vai estar na Ucrânia, onde irá encontrar-se com o Presidente em funções, Oleksandr Turchínov, e com o primeiro ministro, Arseni Yatsenyuk.

 

Durante a estadia em Kiev, Ban Ki-moon vai reunir-se também com membros da missão das Nações Unidas para garantir a supervisão dos direitos humanos na Ucrânia.

 

A viagem "faz parte dos esforços diplomáticos para incutir a ambas as partes a vontade de resolver a actual crise de forma pacífica", lê-se no comunicado, citado pela publicação espanhola.

 

O Conselho de Segurança das Nações Unidas fará uma reunião na tarde desta quarta-feira, 19 de Março, para discutir as novas evoluções do conflito. A decisão da viagem foi "tomada de surpresa" e acontece numa altura em que a tensão na Crimeia aumenta, escreve o "El Mundo". 

 

Crescente medo de confrontos militares

 

Depois da morte de um soldado ucraniano na sequência da invasão de uma base militar ucraniana, em Simferopol, capital da Crimeia, as tropas pró-russas tomaram, esta quarta-feira, 19 de Março, o controlo de uma base naval da Ucrânia em Sevastopol, na Crimeia.

 

Um dia depois do anúncio oficial da anexação da península à Rússia pelo Presidente Vladimir Putin, a tensão entre forças militares pró-russas e ucranianas continua a fazer temer confrontos militares.

 

(Notícia actualizada às 15h50m com a substituição da expressão "tropas russas" por "forças militares pró-russas")