Importações e exportações chinesas desiludem em setembro
As importações e exportações chinesas recuaram mais do que o esperado em setembro. As tarifas aplicadas pelos Estados Unidos e o abrandamento no comércio mundial combinaram-se e cortaram a procura.
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As exportações caíram 3,2% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, enquanto as importações desceram 8,5%, resultando num excedente comercial de 39,65 mil milhões de dólares. Os dados são da administração alfandegária chinesa e foram divulgados esta segunda-feira, 14 de outubro.
Os economistas previram que as exportações deveriam cair 2,8%, enquanto as importações diminuiriam apenas 6%. As exportações para os Estados Unidos em setembro caíram 16%, para um excedente de 26 mil milhões.
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"O principal motivo é definitivamente o abrandamento da economia global", justifica a Macquarie Securities em Hong Kong. "O ‘mini’ acordo (entre Estados Unidos e China) é com certeza bom porque está a prevenir que tudo se torne pior. Porém, não está a tornar as coisas muito melhores", continua a mesma empresa, em declarações à Bloomberg.
Washington e Pequim assinaram um acordo provisório esta sexta-feira, 10 de setembro. Este acordo provisório abre caminho para o aguardado entendimento final entre as duas nações depois de mais de um ano em disputa. Nos termos do que foi acordado, a China fará algumas concessões no âmbito agrícola, nomeadamente com um aumento das suas compras de produtos norte-americanos, e os Estados Unidos "congelam" a aplicação de novas tarifas aduaneiras.
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Estes dados não são animadores, mas as notícias devem continuar no mesmo registo esta sexta-feira: vão ser revelados os números da produção para o terceiro trimestre, que se prevê ter crescido ao ritmo mais baixo em quase 30 anos.
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