Israel aprova plano militar para tomar a Cidade de Gaza e chama 60 mil reservistas

O Governo de Telavive mantém intenção de ocupar a Faixa de Gaza, enquanto analisa a última proposta do Hamas para um cessar-fogo.
O Executivo judaico confirmou plano para conquistar a maior cidade do enclave.
Mohammed Saber/EPA
Negócios com Lusa 20 de Agosto de 2025 às 09:11

O Ministério israelita da Defesa aprovou esta quarta-feira os planos do Exército para ocupar a Cidade de Gaza, que incluem a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva.

De acordo com o jornal israelita Maariv, mais de 60.000 reservistas receberão ainda esta quarta-feira ordens para se apresentarem nas próximas duas semanas, enquanto outros 70.000 deverão prolongar o serviço atual por mais 30 ou 40 dias.

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O plano também prevê a retirada de toda a população da Cidade de Gaza, estimada em cerca de um milhão de pessoas, muitas delas deslocadas de outros locais da Faixa de Gaza.

Israel, por enquanto, não se pronunciou sobre a última proposta de cessar-fogo, que grupo islâmico Hamas aprovou há dois dias, proposta pela mediação do Egito e do Catar.

Há quase duas semanas, o governo israelita aprovou o plano do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de estender a ofensiva à Cidade de Gaza, apesar da oposição do próprio exército judaico, que teme colocar em risco os reféns que continuam sequestrados no enclave.

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As famílias dos sequestrados, por sua vez, têm-se manifestando desde então para exigir um acordo integral com o Hamas que ponha fim à guerra e liberte cerca de 50 reféns que continuam na Faixa, dos quais Israel estima que pelo menos 20 ainda estejam vivos.

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