Governo sírio cai às mãos dos rebeldes pondo fim a 50 anos de domínio da dinastia Assad
Depois de controlar os subúrbios da capital ao longo de sábado, as forças rebeldes sírias chegaram na madruga deste domingo ao centro de Damasco, derrubando o regime liderado pela família Assad há meio século.
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A ofensiva rebelde é descrita pelas agências internacionais como relâmpago, levando milhares de pessoas às ruas para celebrar o fim da ditadura de 50 anos.
A televisão estatal síria transmitiu uma declaração em vídeo de um grupo de homens indicando que o ex-presidente Bashar al-Assad tinha sido derrubado e que todos os prisioneiros políticos tinham sido libertados.
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A declaração foi transmitida horas depois de o líder da oposição síria ter anunciado que Assad tinha deixado o país para um local desconhecido, fugindo à frente dos rebeldes que disseram ter entrado em Damasco após um avanço rápido em todo o país.
Ao final do dia, a agência estatal russa avançou que Bashar al-Assad e a família terão chegado a Moscovo. A Rússia terá dado asilo ao ex-líder por razões "humanitárias", indicando que este deixou o cargo e ordenou uma "transição pacífica" de poder no país.
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Celebrações na capital
Ao nascer do dia em Damasco, milhares de pessoas juntaram-se para rezar nas mesquitas da cidade e para celebrar nas praças, gritando "Deus é grande". Os manifestantes encheram a Praça Umayyad, no centro da cidade, onde se situa o Ministério da Defesa. Foram disparados tiros de comemoração para o ar e alguns agitaram a bandeira síria de três estrelas, anterior ao governo Assad e adotada pelos revolucionários.
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O primeiro-ministro sírio, Mohammed Ghazi Jalali, afirmou numa declaração em vídeo que o governo estava pronto a "estender a mão" à oposição e a fazer uma passagem de poder para um governo de transição.
Rami Abdurrahman, do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, disse à Associated Press que Bashar al-Assad apanhou um voo no domingo de Damasco.
Assad foi acusado de crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante a guerra, incluindo um ataque com armas químicas em 2013 nos arredores da capital.
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O Irão, que tem sido o maior apoiante de Assad, não fez qualquer comentário imediato. A embaixada iraniana em Damasco foi saqueada depois de ter aparentemente abandonada. As imagens da AP mostram janelas partidas e documentos espalhados à entrada.
*Com agências
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