Portugal aguarda "com tranquilidade" entrada em funções de Trump

O Governo português encara "com tranquilidade" a entrada em funções da nova administração norte-americana encabeçada por Donald Trump e está apostado em prosseguir a "boa relação" bilateral, afirmou hoje em Bruxelas a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros.
Reuters
Lusa 16 de Janeiro de 2017 às 17:01

À saída de uma reunião dos chefes de diplomacia da União Europeia, Teresa Ribeiro, questionada sobre se os 28 discutiram a mais recente entrevista do Presidente eleito dos Estados Unidos -- na qual Trump disse acreditar que outros países seguirão o exemplo do Reino Unido e abandonarão a UE -, afirmou que "não se falou, de maneira nenhuma" e confessou não ter tido "oportunidade de ler a entrevista", sublinhando antes as expectativas que Portugal tem de prosseguir o bom relacionamento que tem há muito com Washington.

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"Encaramos com tranquilidade, temos uma relação muito antiga com os Estados Unidos. Estamos seguros de que temos muitos interesses em comum. Temos o Atlântico, logo para começar. Estamos apostados em continuar a nossa boa relação com os Estados Unidos e esperamos que esta nossa vontade e este nosso interesse estejam também presente no lado de lá do Atlântico e esteja presente na nova administração norte-americana", afirmou.

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Na semana em que será empossado presidente dos Estados Unidos, Trump concedeu uma entrevista aos diários britânico The Times e alemão Bild, hoje publicada, na qual afirma que o Reino Unido "teve razão" em sair da UE ('Brexit'), acrescentando que outros países vão deixar a UE.

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Donald Trump, que toma posse na sexta-feira, prevê que o 'Brexit' vai ser "um êxito" e anunciou que quer concluir rapidamente um acordo comercial com os britânicos.

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Entre outras declarações acolhidas com alguma preocupação em Bruxelas -- sede da UE e da Aliança Atlântico -, Trump afirmou que a chanceler alemã, Angela Merkel, cometeu "um erro catastrófico" ao abrir as fronteiras do seu país aos refugiados, e qualificou a NATO como uma organização obsoleta, censurando os Estados-membros por não pagarem a sua parte na defesa comum e 'encostarem-se' aos Estados Unidos.

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