Putin anuncia acordo para cessar-fogo na Ucrânia
"Chegámos a um acordo sobre o que é importante", afirmou aos jornalistas o presidente russo, adiantando que o acordo é efectivo a partir desde domingo e recupera algumas das linhas que tinham sido delineadas no anterior acordo firmado em Setembro e que veio depois a falhar.
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O acordo foi alcançado depois de várias horas de negociações, que se prolongaram pela noite dentro na capital da Bielorrússia, entre Putin, Poroshenko, Merkel e Hollande. Os líderes da Alemanha e da França partem assim para o Conselho Europeu desta quinta-feira em Bruxelas com o acordo selado.
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A cimeira de Minsk era vista como a última oportunidade para terminar o conflito na Ucrânia, que já provocou mais de 5 mil mortos e devastou a economia ucraniana e atirou a Rússia para uma recessão.
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Segundo Putin, o acordo prevê a retirada das armas pesadas da linha da frente dos combates e a criação de uma zona tampão alargada.
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O presidente francês afirmou que o acordo sobre um cessar-fogo e um "regulamento político global" sobre o conflito no leste da Ucrânia representa "uma série esperança, mesmo se ainda não foi conseguido tudo".
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"Todas as questões estão incluídas neste texto, assinado pelo grupo de contacto e os separatistas" do leste da Ucrânia, declarou François Hollande, citado pela Lusa, que falava ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel.
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"Não foi nada fácil, de facto fomos confrontados com todo o tipo de condições inaceitáveis: concessões, retiradas", disse Petro Poroshenko à imprensa, referindo que "o grupo de contacto assinou o documento que preparámos".
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O grupo de contacto integra emissários ucranianos, russos e representantes da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
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Poroshenko sublinhou que, nas negociações de Minsk, a Ucrânia "não cedeu perante o ultimato" e impôs a posição de que "o cessar-fogo deve estabelecer-se sem qualquer tipo de condições prévias".
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Poucas horas antes de Putin ter anunciado o acordo, o presidente ucraniano tinha mostrado cepticismo com a possibilidade de haver um acordo. "Infelizmente ainda não há boas notícias. Há condições que considero inaceitáveis", disse Poroshenko.
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O objectivo da cimeira de Minsk passava por aprovar um documento conjunto que comprometa Kiev e os separatistas pró-russos a encetar acções concretas para uma paz duradoura e não apenas a suspensão temporárias das hostilidades. Isto depois do anterior acordo de cessar-fogo ter falhado.
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(notícia actualizada às 10h35 com declarações de Poroshenko)
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