Rússia desafia EUA para “diálogo pragmático”
O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, desafiou esta terça-feira o seu homólogo norte-americano, Antony Blinken, para um “diálogo pragmático” sobre segurança na Europa, durante uma conversa telefónica, em plena crise ucraniana.
“Lavrov sublinhou a inadmissibilidade da retórica agressiva usada por Washington e pelos seus aliados mais próximos, pedindo um diálogo pragmático sobre todas as questões levantadas pela Rússia”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
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O chefe da diplomacia russa também sublinhou a necessidade de “continuar o trabalho conjunto” entre Moscovo e Washington para aliviar as tensões.
A conversa telefónica decorreu enquanto Paris, Berlim e a NATO registavam um sinal “positivo”, após o anúncio, hoje, de uma retirada parcial das forças russas posicionadas nas fronteiras da Ucrânia, que há semanas alimentam o receio de uma invasão e posterior conflito militar.
O Presidente russo, Vladimir Putin, assegurou, após uma reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que a Rússia não quer uma guerra, enquanto insistiu que a expansão da NATO e as ambições da Ucrânia de aderir à Aliança Atlântica representam uma ameaça ao seu país.
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Putin disse ainda estar empenhado em chegar a “um acordo sobre os problemas (…) através da diplomacia”, mas insistindo em que não cederá na exigência de evitar o alargamento da NATO na Europa de Leste.
Paz duradoura na Europa só é possível com a Rússia
Por sua vez, Scholz sublinhou que a segurança duradoura na Europa “só é possível com a Rússia” e não pode ser alcançada contra Moscovo.
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Em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa afinou pelo mesmo diapasão. O Presidente português defendeu ontem que, Ucrânia, Federação Russa, Estados Unidos da América e União Europeia, todos ganham com a paz e manifestou-se confiante numa “solução racional” para esta crise.
Marcelo Rebelo de Sousa assumiu esta posição no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa, durante uma conversa com estudantes em conjunto com o Presidente esloveno, Borut Pahor, que também se declarou otimista quanto à resolução da situação na Ucrânia.
“Para todos eles, para a Federação Russa, claro, para a Ucrânia, para os Estados Unidos [da América], para a União Europeia, para todos, a paz é a melhor saída, para todos eles. Por vezes, no início de um diálogo, para alguns, o conflito parece ser a melhor solução. Não é o caso. Neste caso, a melhor solução para cada um deles é a paz”, sustentou o Chefe do Estado português.
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