Senadores republicanos adiam votação sobre a reforma da saúde

A votação da proposta de reforma da saúde foi adiada devido a divergências entre os membros do partido republicano.
Rita Faria 28 de Junho de 2017 às 08:41

Os líderes republicanos do Senado adiaram a votação sobre a reforma da saúde esta terça-feira, 27 de Junho, devido à resistência por parte de membros do próprio partido. Perante o adiamento, o presidente Donald Trump convocou senadores republicanos para a Casa Branca e pediu que se colocasse um ponto final no impasse, de acordo com a Reuters.

 

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O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, pretendia que o projecto de lei - que revoga os principais elementos do Obamacare e reduz o Medicaid a partir de 2021 - acontecesse antes do dia 4 de Julho.

 

"Vamos avançar", afirmou McConnell, após anunciar o adiamento, acrescentando que vão continuar a trabalhar para deixar os senadores "confortáveis" com a proposta. "Estamos optimistas de que vamos chegar a um resultado que será melhor do que o temos actualmente".

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Segundo a agência noticiosa, na reunião da Casa Branca com a maioria dos 52 senadores republicanos, Trump afirmou que era vital chegar a um acordo sobre a reforma da saúde, porque o Obamacare está a "derreter".

 

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"Vamos conversar e vamos ver o que podemos fazer. Estamos a chegar muito perto", disse Trump aos senadores.

 

McConnell, cujo partido tem uma maioria curta no Senado, composto por 100 membros, disse aos jornalistas que os líderes republicanos vão trabalhar durante a semana para conquistar o aval dos 50 senadores necessários para aprovar o projecto de lei.

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"Acho que conseguimos obter 50 votos favoráveis até ao final da semana", sinalizou o senador republicano Roger Wicker depois da reunião da Casa Branca.

 

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No mês passado, a Câmara dos Representantes aprovou a sua própria versão para a reforma da saúde, mas a proposta do Senado tem enfrentado críticas por parte de republicanos moderados – que argumentam que milhões de pessoas vão deixar de ter acesso a cuidados de saúde – e conservadores, que dizem que a proposta não é suficiente para eliminar completamente o Obamacare.

 

Se o Senado aprovar a sua versão, esta terá de ser validada pela Câmara dos Representantes, ou as duas câmaras terão de chegar a um consenso e superar as diferenças.

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Na segunda-feira, o gabinete responsável pelo orçamento estimou que, se o projecto de lei do Senado seguir em frente, 22 milhões de americanos vão ficar sem seguro de saúde até 2026, enquanto o défice será reduzido em 321 mil milhões de dólares durante o mesmo período.  

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