Trump pede à Rússia para espiar os emails de Hillary Clinton

O candidato republicano à Casa Branca pediu ao presidente russo para o ajudar a divulgar os cerca de 30 mil emails enviados por Hillary Clinton e que Donald Trump garante terem sido "ilegalmente apagados".
Donald Trump
Reuters
David Santiago 27 de Julho de 2016 às 20:27

"Rússia, se estás a ouvir, espero que possas encontrar os 30 mil emails que estão desaparecidos. Penso que serás, provavelmente, recompensada pela nossa imprensa", atirou Donald Trump esta quarta-feira, 27 de Julho, numa conferência de imprensa realizada no Estado federado da Flórida.

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O candidato formal do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos reiterou depois este pedido na rede social Twitter, demonstrando que este convite a Moscovo para espiar o correio electrónico da sua rival na corrida à Casa Branca, Hillary Clinton, não foi acidental.

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"Se a Rússia ou outro qualquer país ou pessoa tem os 33 mil emails de Hillary Clinton ilegalmente apagados, talvez os possa partilhar com o FBI", acrescentou o polémico multimilionário norte-americano que acredita que os mesmos estarão mesmo na posse dos serviços de informação russos.

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"Provavelmente eles têm-nos. Gostava que os divulgassem", disse ainda Donald Trump, acrescentando que "adoraria" ver os emails.

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Responsáveis da campanha da democrata Hillary Clinton citados pela CNN lamentaram o inédito encorajamento a que uma "potência estrangeira conduza espionagem" a actos oficiais de responsáveis norte-americanos.

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"É certamente a primeira vez que um importante candidato presidencial encoraja activamente uma potência estrangeira a conduzir espionagem contra um seu opositor político", disse Hillary Clinton que garante que esta afirmação não representa "qualquer hipérbole, são apenas factos".

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"Isto deixou de ser uma questão de curiosidade e política para se tornar num tema de segurança nacional", concluiu a antiga primeira-dama e ex-secretária de Estado durante a primeira administração do presidente Barack Obama.

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Em 2015 Hillary Clinton viu-se envolta em polémica depois da divulgação de milhares de emails enviados, quando era chefe da diplomacia norte-americana, através do seu correio electrónico pessoal. Muitas dessas mensagens continham informação classificada.

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Entretanto, no passado fim-de-semana, uma nova fuga de emails mostrava que Clinton e a direcção do Partido Democrata conspiraram para prejudicar a candidatura do senador Bernie Sanders à nomeação democrata.

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Questionado sobre a possibilidade de o Kremlin ter pirateado o Comité Nacional Democrata para prejudicar a campanha da sua rival democrata, Donald Trump apressou-se a considerar essa ideia de "ridícula". "Honestamente, gostaria de ter esse poder. Adoraria ter esse poder mas a Rússia não respeita o nosso país".

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E segundo o magnata do imobiliário, o presidente russo, Vladimir Putin, também não respeita o homólogo norte-americano, Barack Obama. "A mim vai-me respeitar", afiança Trump.

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