China reforça supervisão de tecnológicas que queiram ser cotadas em bolsas internacionais

As empresas chinesas que trabalhem com dados de mais de um milhão de utilizadores serão sujeitas a uma avaliação de segurança se quiserem cotar as suas ações nas bolsas internacionais. Novas regras afetam dona do TikTok.
Reuters
Margarida Peixoto 04 de Janeiro de 2022 às 08:33

A Administração do Ciberespaço da China emitiu esta terça-feira novas regras para reforçar a supervisão das tecnológicas chinesas, avançou a agência de notícias Reuters. A partir de 15 de fevereiro, as empresas tecnológicas que trabalhem com dados de pelo menos um milhão de utilizadores terão de se submeter a uma avaliação de segurança se quiserem ser cotadas nas bolsas internacionais.

No mesmo dia, a autoridade chinesa revelou ainda que, a partir de 1 de março, serão aplicadas também novas regras para regular as recomendações feitas a partir da utilização de algoritmos, passando a exigir às empresas que deem aos utilizadores a possibilidade de desligar esse serviço. A supervisão de distribuidores de notícias que utilizam esta tecnologia será também reforçada, explica a agência de notícias.

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As novas regras afetam, por exemplo, empresas como a ByteDance, dona do TikTok, e o gigante do comércio online, Alibaba.

Ainda não é absolutamente claro se estas novas regras também se vão aplicar às empresas que queiram cotar-se na bolsa de Hong Kong. Numa primeira leitura do comunicado da Administração do Ciberespaço da China, os especialistas disseram à Reuters que não deveria aplicar-se, mas sem certezas. Também não está claro se as novas regras se aplicam retroespetivamente, ou se apenas serão para os novos operadores de mercado. 

As novas regras surgem na sequência de uma série de medidas tomadas ao longo de 2021 que reforçam a supervisão chinesa sobre as empresas tecnológicas e que desincentivam os operadores a cotar-se internacionalmente.

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