Chinesa Zijin Gold adia segunda maior entrada em bolsa do ano devido ao supertufão Ragasa
A passagem do supertufão Ragasa obrigou a filial internacional dedicada ao ouro da gigante mineira chinesa Zijin Mining a adiar por um dia a entrada em bolsa, que será a segunda maior do mundo em 2025.
Num comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong, a empresa Zijin Gold justifica com as "condições extremas causadas pelo mau tempo" o adiamento, de segunda-feira, 29, para terça-feira, 30, da entrada em bolsa na região administrativa especial chinesa, onde espera obter cerca de 3,2 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros).
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As regras da Bolsa de Hong Kong especificam que, no caso de estar ativo um alerta de ciclone de categoria 8 – o terceiro mais grave – ou superior às 09:00 horas (02:00 em Lisboa) do último dia em que os investidores podem subscrever as ações oferecidas, a empresa que entra na bolsa deve adiar o calendário por um dia.
No caso do Ragasa, as autoridades de Hong Kong elevaram esta madrugada o alerta para o nível 10, o máximo disponível na escala local.
As autoridades meteorológicas chinesas classificaram o Ragasa como o ciclone mais poderoso do planeta até agora em 2025, embora sem atingir a intensidade do Rammasun (2014), o mais potente já registado no país asiático.
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A Bloomberg indica que a conjuntura também afetou outra empresa com um calendário semelhante para a entrada na bolsa, a relojoaria Shenzhen Hipine Precision Technology, e avisa que, se o mau tempo continuar na manhã de quinta-feira, a cadeia de atrasos estender-se-á à empresa de 'software' para automóveis Pateo Connect Technology.
A entrada na bolsa da Zijin Gold, com a qual espera obter cerca de 3,21 mil milhões de dólares, será a maior do mundo desde a do fabricante chinês de baterias para veículos elétricos CATL, que arrecadou cerca de 5,3 mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros) em maio.
A Zijin Gold acelerou o processo de venda de ações devido ao forte interesse dos investidores pelos altos preços do ouro, que estão em máximos históricos num contexto global marcado pela incerteza, compras por parte dos bancos centrais, expectativas de descidas das taxas de juro e diversificação de ativos.
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