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Líder da China critica "mentalidade da Guerra Fria e atos de intimidação"

Declarações foram feitas na cimeira que conta com a presença de líderes como o Presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.

Xi Jinping condena protecionismo após tarifas dos EUA ao Brasil. Lula expressa apoio
Xi Jinping condena protecionismo após tarifas dos EUA ao Brasil. Lula expressa apoio Nhac Nguyen / Pool - Lusa - EPA
01 de Setembro de 2025 às 07:25

O líder chinês, Xi Jinping, denunciou esta segunda-feira a "mentalidade da Guerra Fria e atos de intimidação" nas relações internacionais, na abertura de uma cimeira que reuniu vários líderes regionais em Tianjin, no norte da China.

Xi defendeu "uma ordem mundial justa e ordenada" e um sistema "mais justo e razoável" de governação global, durante a 25ª cimeira de líderes dos países-membros da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês).

"Devemos promover uma perspetiva histórica sobre a Segunda Guerra Mundial e opormo-nos à mentalidade da Guerra Fria e ao confronto entre blocos, bem como à intimidação", disse.

O Presidente chinês instou a SCO a defender a "globalização inclusiva" e o "sistema multilateral de comércio", tendo a Organização Mundial do Comércio (OMC) como o seu "eixo central", um apelo que tem como contexto a guerra comercial desencadeada pelos Estados Unidos.

Xi anunciou ainda que a China vai prestar ajuda no valor de dois mil milhões de yuan (239 milhões de euros) este ano aos estados-membros da organização, que "nunca serão inimigos", garantiu.

A cimeira conta com a presença de líderes como o Presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.

O encontro ocorre num cenário de múltiplas crises que afetam diretamente os membros da organização: confronto comercial dos Estados Unidos com a China e a Índia, invasão russa na Ucrânia e disputa em torno do programa nuclear do Irão.

Xi Jinping, líder da segunda maior economia do mundo, trocou cumprimentos à chegada com Vladimir Putin e Narendra Modi, antes de os líderes dos dez países-membros da SCO posarem para uma fotografia de grupo na passadeira vermelha.

Juntamente com países parceiros e observadores, chefes de Estado e de Governo de cerca de 20 países estão reunidos na cidade portuária de Tianjin, assim como representantes de uma dezena de organizações regionais e internacionais.

A cimeira, a primeira desde o regresso do Presidente norte-americano, Donald Trump, à Casa Branca, está a ser descrita como a mais importante em termos de participação desde a criação da SCO, em 2001.

"Os fatores de instabilidade, incerteza e imprevisibilidade aumentaram consideravelmente" à medida que o mundo entra numa fase de mudanças aceleradas, enfatizou Xi Jinping, citado pelos meios de comunicação estatais, durante uma receção, no domingo.

Os países da SCO - China, Rússia, Índia, Paquistão, Irão, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão - representam cerca de 40% da população do planeta e 23,5% da economia mundial, com territórios que contêm reservas significativas de energia.

A organização é frequentemente apresentada como um contrapeso à NATO, apesar de, ao contrário do bloco atlântico, não ter cláusulas de defesa mútua.

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