EUA notificam mais seis países de novas tarifas. Argélia, Líbia e Iraque com 30%
O Presidente norte-americano continua a notificar os parceiros comerciais das novas tarifas que quer aplicar. A maioria está em linha com o anteriormente anunciado, mas há ajustamentos - tanto alívios como agravamentos.
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O Presidente dos Estados Unidos continua a enviar cartas em catadupta para diferentes países, informando-os das tarifas que pretende aplicar aos seus produtos a partir de 1 de agosto. Esta quarta-feira foi a vez da Argélia, Líbia, Iraque, Brunei, Moldávia e Filipinas - os primeiros três deverão sofrer taxas de 30%, em linha com o que tinha sido já apresentado em abril, ainda que as do Iraque tenham diminuído em relação aos iniciais 39%.
Na lista de hoje Donald Trump estão ainda o Brunei e a Moldávia, com 25% e as Filipinas com 20%, um agravamento perante os 17% anteriores. Estas cartas, que começaram esta segunda-feira, informam das tarifas a aplicar aos países que não chegaram a um acordo com os EUA - esta quarta-feira foi fixada inicialmente como data limite para essa negociação, mas o prazo foi, entretanto, flexibilizado.
Trump tem partilhado na rede social Truth Social as cartas que envia. Estas seis somam-se a outras 14: Japão, Coreia do Sul, Malásia, Cazaquistão, África do Sul, Laos, Myanmar, Bósnia, Tunísia, Indonésia, Bangladesh, Sérvia, Camboja e Tailândia. Até agora todas variam entre 20% e 40%, indicando abertura para ajustamentos "dependendo da relação com o vosso país".
Ainda não se sabe qual a taxa proposta para a União Europeia (UE), mas Trump disse que a UE poderia ser alvo de uma taxa unilateral em breve, apesar de estarem a decorrer negociações.
Esta quarta-feira, a presidente da Comissão Europeia disse estar a trabalhar estreitamente com os Estados Unidos para fazer avançar o processo relativo ao acordo comercial, afirmando que a UE espera "boa-fé" nas negociações mas se prepara para todos os cenários. "A nossa posição tem sido clara: seremos firmes, mas preferimos uma solução negociada e é por isso que estamos a trabalhar estreitamente com a administração dos Estados Unidos para alcançar um acordo", disse Ursula von der Leyen, na sessão plenária do Parlamento Europeu.
Quanto à Índia - outro gigante que ainda não recebeu carta - o chefe de Estado norte-americano ameaçou elevar as tarifas para 10% por pertencer ao bloco BRICS, que encara como uma ameaça ao dólar.
Apesar de ainda não ter concretizado muito, o Presidente dos EUA tem feito várias ameaças, incluindo a de elevar para 50% as tarifas sobre os produtos de cobre, o que já fez o metal disparar para valores recorde. Referiu ainda a possibilidade de taxas de 200% sobre importações farmacêuticas, caso os fabricantes não transfiram operações para os EUA.
Notícia atualizada
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