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Exportações da China aceleram em Julho apesar das tarifas

No primeiro mês em que estiveram em vigor as tarifas impostas por Trump sobre as importações chinesas, a segunda maior economia do mundo conseguiu aumentar as suas vendas para o exterior em 12,2%, mais do que no mês anterior.

donald trump e Xi Jinping
donald trump e Xi Jinping Damir Sagolj /Reuters
08 de Agosto de 2018 às 11:30

As exportações da China subiram mais do que era esperado em Julho, o primeiro mês em que estiveram em vigor as tarifas impostas pela administração Trump. Ao mesmo tempo, o excedente comercial em relação aos Estados Unidos permaneceu próximo de níveis recorde, contrariando as pretensões do presidente norte-americano.

Segundo os dados divulgados esta quarta-feira, 8 de Agosto, as exportações chinesas aumentaram 12,2%, em termos homólogos, depois do crescimento de 11,2% registado em Junho. A evolução foi mais favorável do que era esperado, já que os analistas consultados pela Reuters antecipavam uma subida de apenas 10%.

Já as importações avançaram 27,3%, uma subida que está a ser lida como um sinal de que a procura interna continua robusta, apesar dos receios em torno da guerra comercial, do aumento do número de insolvências e da forte depreciação do yuan.

Não obstante as tarifas, as vendas da China para os Estados Unidos aumentaram 11,2%, em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto as compras subiram 11,1%. O excedente comercial diminuiu ligeiramente de 28,97 mil milhões de dólares, em Junho, para 28,09 mil milhões em Julho.

Este excedente, juntamente com o alegado roubo da propriedade intelectual, foi um dos principais argumentos de Trump para a imposição de tarifas sobre as importações chinesa, que entraram em vigor no passado dia 6 de Julho.

Desde esse dia estão a ser aplicadas tarifas de 25% sobre 34 mil milhões de importações chinesas, sendo que o valor-alvo era 50 mil milhões. As taxas aduaneiras sobre os restantes 16 mil milhões entrarão em vigor no próximo dia 23 de Agosto, tal como confirmou ontem a Casa Branca, e afectarão semicondutores fabricados na China.

Pequim, no entanto, não vai baixar a cabeça, e já anunciou uma lista de bens norte-americanos no valor de 16 mil milhões de dólares para responder na mesma moeda. Da lista fazem parte ‘commodities’ como petróleo bruto, gás natural, carvão e alguns produtos petrolíferos refinados.

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