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Líderes chineses reúnem-se para discutir tarifas. Pequim garante que moeda resiste

Em plena guerra comercial, a China prepara-se para discutir novos estímulos económicos e garante a estabilidade da moeda. E no embate com os EUA nem os filmes escapam: Pequim anuncia que vai importar menos cinema norte-americano.

10 de Abril de 2025 às 12:26

Não estava na agenda, mas tudo indica que os líderes chineses vão esta quinta-feira reunir-se para discutir novos estímulos económicos, depois de os Estados Unidos terem elevado mais uma vez as tarifas aos produtos chineses, que agora totalizam os 125%. Para todos os outros países as taxas aduaneiras foram reduzidas para 10% durante 90 dias - a chamada "pausa" - mas para a China o plano mantém-se.

O encontro dos líderes chineses deverá estar focado em medidas para a habitação, consumo e inovação tecnológica, de acordo com o que explicaram fontes próximas do assunto à Bloomberg, pedindo para não serem identificadas. Outros órgãos governamentais, como reguladores financeiros, deverão discutir também formas de estimular a economia e estabilizar os mercados - isto depois de um fundo soberano já ter a aumentado as suas participações em ações e garantido que defenderia a estabilidade do mercado.

O Banco Popular da China também terá pedido já aos principais bancos públicos chineses para reduzirem as compras de dólares norte-americanos. Os grandes bancos chineses estavam a vender dólares e a comprar renmimbis agressivamente para abrandar a queda da divisa chinesa, que na terça-feira caiu para o valor mais baixo de sempre face à nota verde (0,1355 dólares por renmimbi) e esta quinta-feira segue semelhante (0,1367 dólares por renmimbi).

Hoje, Pequim veio garantir que o mercado cambial tem condições para se manter equilibrado e resistir aos choques externos - é o que afirma um dirigente da Administração Estatal de Câmbio, num artigo.

China reduz importação de filmes americanos

A guerra comercial entre os EUA e a China não é só feita de tarifas. Esta quinta-feira, Pequim indicou também que vai reduzir a importação de filmes norte-americanos.

"As ações erradas do Governo dos EUA de aplicarem tarifas abusivas à China irão inevitavelmente reduzir ainda mais a preferência do público em relação aos filmes americanos. Vamos seguir as as regras do mercado, respeitar a escolha do público e reduzir moderadamente o número de filmes americanos importados",  disse a Administração de Filmes da China, em comunicado.

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