A crise ucraniana "é resultado das tentativas dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais, que acreditam serem 'vencedores' da Guerra Fria, de imporem a sua vontade em todos os lugares", disse Putin, numa entrevista em vésperas da sua visita oficial ao Egipto, que começa hoje.

"Em repetidas ocasiões alertámos os Estados Unidos e os seus sócios ocidentais das consequências nefastas da intromissão nos assuntos internos da Ucrânia", disse o chefe do Kremlin.

Putin insistiu que a condição fundamental para estabilizar a situação no este da Ucrânia é a suspensão imediata das hostilidades, em particular da "chamada operação antiterrorista [do exército ucraniano], que não é mais que uma operação punitiva".

Segundo a agência EFE, a entrevista ao Al Ahrman foi concedida antes de ser anunciada a realização de uma cimeira em Minsk (Bielorrússia), na quarta-feira, com a participação da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França para abordar um pacote de medidas que travem a violência no leste da Ucrânia.

De acordo com dados da ONU, mais de 5.300 pessoas, entre combatentes e civis, morreram nos quase dez meses de conflito armado nas regiões orientais da Ucrânia.