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Trump pressiona Zelensky e sugere que Ucrânia pode “acabar a guerra quase de imediato”

Prestes a receber Volodymyr Zelensky em Washington, Donald Trump voltou a lançar o peso da responsabilidade do fim da guerra sobre Kiev.

Trump alerta Putin sobre 'consequências muito graves' se não houver cessar-fogo na Ucrânia
Trump alerta Putin sobre "consequências muito graves" se não houver cessar-fogo na Ucrânia Alex Brandon/AP
18 de Agosto de 2025 às 10:51

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou esta madrugada que cabe ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky decidir se a guerra com a Rússia continua ou não. Numa publicação na rede Truth Social, Trump escreveu que Zelensky poderia “acabar a guerra com a Rússia quase de imediato, se quiser, ou pode continuar a lutar”.

As declarações chegam em antecipação ao , onde Trump se reunirá com Zelensky e vários líderes europeus. O posicionamento do presidente norte-americano , ao acrescentar que não há “volta atrás” na anexação da Crimeia, feita em 2014, nem espaço para a entrada da Ucrânia na NATO.

Trump reuniu-se na semana passada com Vladimir Putin, no Alasca, num encontro de três horas que descreveu como “produtivo”, apesar de não ter resultado ainda num acordo de cessar-fogo. Segundo fontes citadas pela imprensa norte-americana, Moscovo terá proposto , uma oferta já rejeitada por Kiev antes da cimeira. Zelensky argumentou que aceitar tais termos significaria perder posições defensivas cruciais e abrir caminho para novas ofensivas russas.

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) classificou as exigências russas como concessões “aparentemente em troca de nada”, lembrando que a chamada “fortaleza” defensiva em Donetsk continua inacessível às forças de Moscovo. Num outro relatório, divulgado a 17 de agosto, o “think tank” alertou que os pedidos do Kremlin para abordar as “causas profundas” do conflito, incluindo a expansão da NATO para leste, equivalem a enfraquecer a segurança europeia e norte-americana.

Trump, por seu lado, tem insistido que a Ucrânia deve procurar um acordo. “A Rússia é uma grande potência e a Ucrânia não é. São ótimos soldados, mas precisam de encerrar isto”, disse em entrevista à Fox News após o encontro com Putin.

A postura do presidente norte-americano contrasta com a posição defendida por Washington em 2024, quando o então secretário de Estado Antony Blinken afirmou perante as Nações Unidas: “Se a Rússia parar de lutar, a guerra termina. Se a Ucrânia parar de lutar, a Ucrânia termina”.

O encontro entre Trump, Zelensky e vários líderes europeus acontece esta segunda-feira, pelas 13h00 locais (18h00 em Portugal continental). Juntamente com o presidente ucraniano segue Ursula von der Leyen, o chanceler alemão Friedrich Merz, o presidente francês Emmanuel Macron, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o presidente finlandês Alexander Stubb e Mark Rutte, secretário-geral da NATO.

Zelensky já está em solo norte-americano. No X, o presidente ucraniano expressou otimismo: “Estou confiante de que vamos proteger a Ucrânia, garantir a segurança efetivamente, e que o nosso povo ficará para sempre grato ao presidente Trump, a toda a gente na América e a cada parceiro e aliado pelo seu apoio e assistência inestimáveis”.

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