Washington espera concluir acordo sobre terras raras com Pequim até fim deste mês
O responsável da administração norte-americano pela pasta da Economia também se disse "convencido" de que "a China cumprirá os seus compromissos", mas caso contrário, advertiu, Washington dispõe de "muitos mecanismos" para retaliar.
O secretário norte-americano do Tesouro, Scott Bessent, disse este domingo que "espera" que o acordo entre os Estados Unidos e a China sobre as exportações de terras raras possa ficar formalmente concluído em dez dias.
"Ainda não finalizámos o acordo", mas "esperamos fazê-lo até ao Dia de Ação de Graças", ou seja, 27 de novembro, declarou Bessent na cadeia televisiva Fox News.
O responsável da administração norte-americano pela pasta da Economia também se disse "convencido" de que "a China cumprirá os seus compromissos", mas caso contrário, advertiu, Washington dispõe de "muitos mecanismos" para retaliar.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, reuniram-se no final de outubro para atenuar o conflito comercial entre as duas maiores potências económicas do mundo.
Na sequência desta reunião, Pequim aceitou suspender, por um ano, restrições adicionais impostas algumas semanas antes às exportações de terras raras, que contêm os metais cruciais para o setor tecnológico mundial.
Essas terras são extraídas em vários países, incluindo os Estados Unidos, mas a China detém quase um monopólio no processamento destas matérias para as tornar utilizáveis na indústria.
Segundo Scott Bessent, o acordo sino-americano prevê que as terras raras "circulem livremente como antes de 4 de abril", data em que Pequim tinha imposto várias restrições à exportação em resposta às tarifas alfandegárias decretadas pela administração de Donald Trump.
No âmbito do acordo anunciado no final de outubro, Washington vai reduzir de 57% para 47% as tarifas alfandegárias aplicadas aos produtos chineses que entram no mercado americano.
A China comprometeu-se também a comprar 12 milhões de toneladas de soja aos Estados Unidos até ao final do ano, e 25 milhões por ano depois disso.
Pequim, que tinha decidido deixar de comprar soja produzida nos Estados Unidos como retaliação à guerra comercial lançada por Trump, transformou os agricultores norte-americanos em "peões" da sua política, acusou Bessent.
Mas "penso que agora resolvemos esta questão", adiantou.
Mais lidas