“A Alemanha sempre foi um parceiro fiável de Portugal”

José Sócrates referiu-se a Wolfgang Schäuble como “aquele estupor”, acusando o ministro alemão das Finanças de ter atentado contra os interesses de Portugal e, aparentemente, à revelia da própria chanceler Merkel. Ao Negócios, Berlim assegura que Governo alemão esteve e estará ao lado de Portugal.
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Foto: Bloomberg O dedo não engana. A 2 de Março, José Sócrates vai a Berlim para apresentar a Merkel um calendário de reformas estruturais e indicadores sobre a execução orçamental de Fevereiro. A chanceler alemã, publicamente, tem palavras simpáticas para Portugal. O pior ainda está para vir Foto: Reuters
Eva Gaspar 22 de Outubro de 2013 às 11:57

“A Alemanha sempre foi um parceiro fiável e tem apoiado Portugal na superação da crise financeira. Assegurar a estabilidade da moeda comum, bem como emergir desta crise de forma fortalecida, com maior crescimento e emprego, foram e continuam a formar o interesse comum de ambos países”.

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Assim começa a declaração de três parágrafos enviada pela Embaixada da Alemanha em Lisboa, após um pedido de reacção endereçado pelo Negócios na sequência da entrevista ao “Expresso” de José Sócrates. Nela, o ex-primeiro-ministro acusa o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble de ter atentado contra os interesses de Portugal no período que culminou, em Abril de 2010, com o pedido de assistência externa à troika, e de o ter feito aparentemente à revelia da própria chanceler Angela Merkel.

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“O governo federal da Alemanha tem sempre apoiado o seu parceiro português nas necessárias e frequentemente difíceis medidas adoptadas. Para tal, a Alemanha deu desde o início - e de forma resoluta - o seu grande contributo aos fundos de resgate europeus e aos fundos estruturais da União Europeia”, acrescenta a Embaixada alemã, concluindo que “também no futuro Portugal poderá continuar a contar com a Alemanha”.

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Em entrevista ao "Expresso" publicada no passado sábado, José Sócrates refere-se ao (então e ainda) responsável alemão das Finanças como "aquele estupor do ministro das Finanças, o Schäuble", afirmando que "todos os dias esse filho da mãe punha notícias nos jornais contra nós". "E ligávamos para a Merkel e ela, com quem me dava bem, dizia que vinha do gabinete dele”, atestou o ex-primeiro-ministro ao semanário.

 

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