BE exige mais explicações do Ministério Público e uma conclusão "célere" do processo
A coordenadora do Bloco de Esquerda defende que é importante que o Ministério Público dê mais esclarecimentos em relação ao processo que envolve o primeiro-ministro e outros membros do Governo e pediu à Justiça que "faça o seu trabalho da forma mais célere possível". Sobre o caminho a seguir depois da demissão, Mariana Mortágua insistiu na defesa de eleições antecipadas, como já fez esta terça-feira.
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"Pela gravidade das suspeitas, entendemos que é importante que o Ministério Público esclareça as razões que levaram à abertura deste inquérito, bem como à sua divulgação e que a investigação que irá ocorrer se faça da forma mais célere possível, porque isso é aquilo que é pedido tendo em conta o facto de terem sido levantadas suspeitas que dizem respeito a um chefe de Governo", frisou a líder bloquista.O Bloco de Esquerda foi a terceira força política a ser ouvida esta quarta-feira em Belém pelo Presidente da República, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter reunido com o PAN e o Livre. Inês Sousa Real, deputada única do PAN, mostrou também preocupação com o desenrolar do processo.
Os bloquistas juntaram-se, já nesta terça-feira, ao rol de partidos favoráveis à realização de eleições antecipadas e a reunião desta quarta-feira serviu para transmitir diretamente esse desejo ao Presidente da República. O Bloco é o único partido da esquerda parlamentar a assumir esta posição, sendo que à direita já todos os partidos a defendem.
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De acordo com a coordenadora do BE, a realização de eleições antecipadas é "a melhor solução". "Em democracia, crises políticas como estas e desta natureza resolvem-se convocando eleições", defendeu.
"É isso que a democracia exige. E perante aquilo que nos é perguntado, como é que se supera uma crise política desta natureza, nós só podemos ser claros na nossa resposta. Convocar eleições. Chamar os portugueses a decidir", acrescenta Mariana Mortágua. Resolução da crise política deve ser prioridadeQuestionada sobre se deve ser seguido um caminho que permita a aprovação da proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2024, Mortágua respondeu que o "mais importante é resolver rapidamente a crise política" e lembrou que "não é segredo para ninguém que o Bloco de Esquerda já anunciou o seu voto contra o orçamento". "Entendemos que ele não traz as soluções nem para as pessoas que vão às urgências e não encontram uma resposta, nem para os profissionais da educação, nem para as pessoas que não têm professores para os seus filhos, nem para a perda de compra acelerada. Essa é uma discussão política", argumentou a coordenadora do Bloco de Esquerda. "Qualquer outra alternativa significa arrastar uma situação que é insustentável e que não vai trazer as soluções que o país necessita para enfrentar os problemas que tem para enfrentar e que são urgentes, nomeadamente SNS, habitação e salários", concluiu. A ronda de audições dos partidos políticos prossegue ao longo da tarde desta quarta-feira, faltando ainda ao Presidente da República ouvir o PCP, a Iniciativa Liberal, o Chega, o PSD e o PS.
Resolução da crise política deve ser prioridadeQuestionada sobre se deve ser seguido um caminho que permita a aprovação da proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2024, Mortágua respondeu que o "mais importante é resolver rapidamente a crise política" e lembrou que "não é segredo para ninguém que o Bloco de Esquerda já anunciou o seu voto contra o orçamento".
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"Entendemos que ele não traz as soluções nem para as pessoas que vão às urgências e não encontram uma resposta, nem para os profissionais da educação, nem para as pessoas que não têm professores para os seus filhos, nem para a perda de compra acelerada. Essa é uma discussão política", argumentou a coordenadora do Bloco de Esquerda.
"Qualquer outra alternativa significa arrastar uma situação que é insustentável e que não vai trazer as soluções que o país necessita para enfrentar os problemas que tem para enfrentar e que são urgentes, nomeadamente SNS, habitação e salários", concluiu.
A ronda de audições dos partidos políticos prossegue ao longo da tarde desta quarta-feira, faltando ainda ao Presidente da República ouvir o PCP, a Iniciativa Liberal, o Chega, o PSD e o PS.
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