Chega quer subida nas pensões para aprovar o Orçamento do Estado

Rita Matias, deputada do Chega, falou aos jornalistas após o final da reunião que manteve com membros do Governo para discutir vários temas, entre os quais estavam o Orçamento do Estado de 2026 e a chamada lei dos estrangeiros.
Reunião entre Chega e Governo sobre Orçamento e lei dos estrangeiros
Tiago Petinga / Lusa - EPA
Rui da Rocha Ferreira 03 de Setembro de 2025 às 11:05

"O Chega teve a oportunidade de ouvir os objetivos do Governo. Este vai ser um exercício de tradução daquilo que é a política fiscal do Governo. Estamos atentos e queremos colaborar. O André Ventura deixou as portas abertas para uma negociação", adiantou a deputada Rita Matias, do partido Chega, à saída da reunião com o Governo, realizada nesta quarta-feira. O partido foi o primeiro a ser ouvido, seguindo-se ainda esta quarta os partidos Livre e Iniciativa Liberal.

Apesar de estender a mão à aprovação do Orçamento do Estado de 2026, o Chega sublinha que tem "preocupações". "Trouxemos as nossas preocupações: de redução da carga fiscal e da subida de pensões, apresentamos essa proposta como condição para viabilização [do OE]", acrescentou a deputada.

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Rita Matias sublinhou ainda que nas últimas eleições legislativas os portugueses escolheram uma "maioria expressa à direita".

A – os ministros das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, da Presidência, António Leitão Amaro, e dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim – serviu ainda para discutir o reconhecimento do Estado da Palestina, a lei da nacionalidade e dos estrangeiros, e a criação de novas freguesias.

Sobre a chamada lei dos estrangeiros, que foi chumbada pelo Tribunal Constitucional (TC) e devolvida ao Parlamento pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Rita Matias sublinhou que "foi definida uma metodologia de trabalho, de tratar em dois momentos diferentes estes temas". Já em setembro, o objetivo será "encontrar soluções pelo que foi dito pelo TC à lei de estrangeiros", sublinhou a porta-voz do Chega.

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"As soluções tinham que ser para ontem e queremos reforçar o nosso posicionamento contra a decisão do TC. No entanto, estamos disponíveis para solucionar o problema. Para nós, quanto mais restrito o diploma for melhor, mas não será pela mão do Chega que não haverá uma solução".

Já sobre o reconhecimento do Estado da Palestina, o partido diz que "por ora não é tempo de reconhecer o estado palestiniano", pois está cético quanto à perspetiva de o grupo militar Hamas ser desmantelado e não se organizar como uma força política. O partido de André Ventura considera no entanto que o reconhecimento de dois Estados é a melhor solução para o conflito no Médio Oriente, apesar de persistirem "algumas dúvidas e preocupações".

(Notícia atualizada às 11:30 horas com mais informação)

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