"Processo de estabilização foi lento, mas superou as expectativas"

Durante a Grande Conferência de 2016 do Negócios, o Presidente da República assinalou as suas perspectivas para o futuro, mas olhou para o que foi conseguido neste ano especificamente na área política e social.
"Processo de estabilização foi lento, mas superou as expectativas"
Nuno Aguiar 23 de Novembro de 2016 às 11:14

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que foi percorrido um longo caminho desde que tomou posse como Presidente da República e identifica muitos desenvolvimentos positivos.

PUB

 

"Mais depressa encontrava cépticos do que optimistas. Quando seria a próxima crise política? Na Primavera, Verão, Outono?", lembrou, durante a abertura da conferência do Negócios, esta quarta-feira, 23 de Novembro, em Lisboa, acrescentando que tinha de explicar a observadores e agentes económicos e financeiros que o caminho não tinha de ser negativo. "Duvidava-se da estabilidade política, social […] e perguntava-se sobre quanto tempo duraria o Executivo e se seriam aprovados os dois orçamentos deste ano."

PUB

 

Uma das traves centrais deste processo foi a estabilização da situação política e social portuguesa. Marcelo elogiou o facto de não existir um "centrão pouco clarificador", que permite saber o que é proposto de cada uma das forças políticas. Apontou também para a ligação com os parceiros sociais que, embora influenciada pela proximidade a alguns dos partidos que fazem parte da solução governativa – leia-se sindicatos e PCP -, "em termos de greve e absentismo vivemos um período que não veio agravar a complexa situação económica e financeira". "O processo de estabilização política e social foi lento, mas superou as expectativas", acrescentou. "Estamos no final de 2016 e podemos dizer que esses problemas foram razoavelmente ultrapassados."

PUB

 

Outro desafio era saber se o novo Governo seria capaz de ter um rigor financeiro que respeitasse os compromissos europeus. "Também isso era uma incógnita", admitiu o Presidente, que frisou a necessidade de "prosseguir o caminho do controlo do défice, essencial para controlar a dívida pública". E as notícias têm sido positivas: "A execução de 2016 mostrou até agora que tem acompanhado o compromisso essencial assumido perante as instituições."

PUB

 

Para Marcelo, o contexto europeu diferente e estes sinais positivos nas contas públicas "permitiram que o espectro de sanções e a suspensão de fundos não conhecessem concretização".

PUB

 

"Há dados que política financeira que têm de ser de regime", sublinhou. "Pode haver caminhos diversos na forma de concretização, mas tem de haver a percepção clara de que há pontos comuns."

PUB
Pub
Pub
Pub