Mariana Mortágua não se recandidata à liderança do Bloco
"A direção por mim encabeçada foi incapaz de inverter a excessiva centralização da estrutura do Bloco e gerar um novo impulso político e eleitoral. Bem sabemos das empenhadas campanhas de ódio dos nossos adversários, mas o certo é que não conseguimos neutralizá-las", escreveu este sábado Mariana Mortágua, numa carta enviada aos aderentes do partido.
"Face a este balanço e agora que termino o mandato que me foi conferido na última Convenção, comunico-vos que decidi não me candidatar a um novo mandato de coordenadora do Bloco de Esquerda", revelou. "Tomo esta decisão com a tranquilidade que me deu o constante apoio de todos os meus camaradas ao longo de todo este tempo. Faço-o por acreditar que o Bloco beneficiará de ter, na coordenação e no parlamento, pessoas com melhores condições do que aquelas que hoje tenho para dar voz ao partido. Caberá a cada uma das moções presentes à próxima Convenção apresentar as suas alternativas de direção.".
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A coordenadora do Bloco toma a decisão de não se recandidatar na véspera da reunião da mesa nacional do partido, agendada para este domingo.
Na carta, Mariana Mortágua salienta que "a esquerda em geral - e o Bloco em particular - atravessa um período difícil". Mas "estes são os tempos que nos toca viver e o Bloco tem a história, as ideias, a coerência e a militância para os enfrentar e para surpreender mais uma vez quem se assanha para nos atacar", remata.
A ainda coordenadora vai manter a sua ligação ao partido: "Serei parte desse caminho, como sou há quase vinte anos", sublinha.
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