PCP junta-se aos pedidos de eleições antecipadas e está contra salvação do OE

Paulo Raimundo diz que o que se exige "não é estarmos de volta de um orçamento que é mau, mas sim o que se exige é ir para as eleições antecipadas".
Paulo Raimundo PCP
Miguel A. Lopes/Lusa
Tiago Sousa 08 de Novembro de 2023 às 16:35

O PCP informou esta quarta-feira o Presidente da República que defende as eleições antecipadas como caminho a seguir depois da demissão de António Costa. Paulo Raimundo, secretário-geral dos comunistas, diz que a dissolução é o único caminho e está contra a hipótese de salvaguardar a aprovação da proposta do Orçamento do Estado.

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"Nós estamos numa crise política, mas as pessoas estão numa crise social todos os dias [...] a solução passa pela dissolução da Assembleia da República, eleições antecipadas, e, lá está, a formação de uma nova Assembleia da República com o reforço do PCP e da CDU, a garantia fundamental para dar resposta a estes problemas", defendeu Paulo Raimundo depois do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa em Belém.

Sobre a hipótese de Marcelo dissolver o Parlamento numa data que permita salvaguardar a aprovação da proposta do OE para 2024, Paulo Raimundo lembrou a "avaliação negativa" que o partido deu ao documento, referindo que "não responde a nenhum dos problemas". Por isso, o que se exige, diz, "não é estarmos de volta de um orçamento que é mau, mas sim o que se exige é ir para as eleições antecipadas".

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"[O que se exige é] criar todas as condições para que na Assembleia da República e na futura Assembleia da República haja um reforço do PCP e da CDU, de maneira a contribuir para um Orçamento bom", acrescentou o líder dos comunistas.

Paulo Raimundo, tal como todos os outros líderes partidários que o antecederam nas audições em Belém, não se absteve de comentar a atuação do Ministério Público no caso, pedindo que tudo "seja rapidamente esclarecido".

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"É importantíssimo para a credibilidade da própria democracia, é importantíssimo do ponto de vista da Justiça, que se terem as consequências de todos estes processos judiciais e criminais que estão em curso e é também importantíssimo do ponto de vista político e de credibilidade", concluiu.

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