Pelosi acusa Trump de ser um "perigo claro e presente" para os EUA
A líder democrata da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, disse hoje que o Presidente Donald Trump representa "um perigo claro e presente", pedindo para que ele seja destituído num julgamento político imediato.
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No arranque da discussão na Câmara de Representantes para o processo de ‘impeachment’ de Donald Trump, acusado de acusado de ter incitado um ataque ao Capitólio na passada quarta-feira, Pelosi disse que os membros do Congresso "viveram a insurreição que violou a santidade do Capitólio do povo e tentou derrubar a vontade devidamente registada dos eleitores norte-americanos".
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"Sabemos que o Presidente dos EUA incitou esta insurreição, esta rebelião armada, contra o nosso país. Ele deve ir embora. Ele é um perigo claro e presente para a nação e para todos nós", disse Pelosi, na declaração inicial do debate no Congresso, na fase que antecede a votação para aprovar o processo de destituição, que, se for aprovado, será depois enviado para o Senado.
Pelosi lembrou que Trump "mentiu repetidamente" sobre o resultado das eleições presidenciais de 3 de novembro, que deu a vitória ao democrata Joe Biden. "Trump semeou dúvidas egoístas sobre a democracia e procurou, de forma inconstitucional, influenciar funcionários do Estado a repetir esta rebelião armada contra o nosso país", referiu a líder democrata da câmara baixa do Congresso norte-americano.
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Os republicanos iniciaram a defesa de Trump, acusando os democratas de terem uma longa agenda política contra o Presidente republicano, desde o início do seu mandato.
Jim Jordan, Ohio, lembrou que, logo que Donald Trump tomou posse, em 2017, o jornal The New York Times escreveu que começara a contagem decrescente para a destituição do 45.º Presidente dos EUA, para defender a ideia de que o objetivo dos democratas sempre foi atingir pessoalmente o líder republicano.
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Jordan disse que os Estados Unidos são o país que conseguiu colocar um homem na lua e que se deve focar em grandes objetivos e não em "pequenas lutas políticas" que apenas diminuem a imagem do país e da sua democracia.
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"Se afastássemos todos os políticos que fazem discursos inflamados, este lugar (o Congresso) estaria vazio", disse Tom McClintock, republicano da Califórnia, para contestar o argumento de que Trump é culpado de instigar violência contra o Capitólio por causa dos seus discursos inflamados.
Os democratas estão a usar argumentos que apontam para a responsabilidade política do Presidente nos atos de violência, enquanto os republicanos consideram que realizar um julgamento político a Trump é perigoso, neste momento da democracia norte-americana.
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"Tentar destituir o Presidente é perigoso. Vai dividir o país e vai criar instabilidade", disse a representante Louie Gohmert, usando um argumento que está a ser repetido pelos republicanos.
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A Câmara de Representantes dos EUA iniciou hoje a discussão e vai votar de seguida a instauração de um processo de destituição ao Presidente Donald Trump, acusado de ter incitado um ataque ao Capitólio na passada quarta-feira.
Este procedimento segue-se a um pedido formal, discutido na terça-feira à noite, para que o vice-Presidente invocasse a 25.ª emenda da Constituição para retirar poderes a Trump, invocando os riscos da sua manutenção no cargo para a segurança do país, que Mike Pence recusou, alegando que não serve os interesses do país.
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O artigo para o novo processo de ‘impeachment’ de Donald Trump - que, se vier a ser aprovado, como tudo indica, será o único Presidente a ser alvo de dois processos de destituição durante o mandato – foi apresentado na Câmara de Representantes, na segunda-feira, acusando o líder republicano de "incitação a insurreição" por ter induzido os seus apoiantes a assaltar o Capitólio, na passada quarta-feira.
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Os democratas lutam agora contra o relógio, para conseguir que o artigo de destituição seja aprovado na Câmara e levado a tempo de ser votado no Senado, antes da tomada de posse do Presidente eleito, Joe Biden.
A obtenção de uma maioria simples na Câmara de Representantes para iniciar o julgamento político de Trump parece exequível, mas mais difícil será obter a maioria de 2/3 no Senado, ainda controlado pelos republicanos, para conseguir a sua remoção do cargo.
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