Portugueses não estavam tão satisfeitos com a democracia desde 1991
Desde 1991 que os portugueses não estavam tão satisfeitos com o funcionamento da democracia no país, com 72% a expressarem esse contentamento e a colocarem Portugal na oitava posição a nível europeu, bem acima da média comunitária (56%).
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Segundo os dados do último Eurobarómetro, em quatro anos Portugal passou da avaliação mais negativa do funcionamento da democracia de que há registo neste estudo que abrange todos os Estados-membros, para a segunda mais positiva da série iniciada em 1985 – apenas inferior à observada no ano em que Cavaco Silva repetiu a maioria absoluta nas eleições legislativas.
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Esta satisfação andará de mãos dadas com a avaliação da economia portuguesa, que é também a mais positiva dos últimos 13 anos, estando agora mais próxima da média europeia. No relatório é apontado que esta apreciação é "mais de duas vezes superior ao segundo resultado mais positivo no período 2005-2016 e [excede] a avaliação média neste período em 25 pontos percentuais".
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Ainda assim, os portugueses continuam a avaliar a situação económica de forma mais negativa (63%) do que positiva (33%), estando menos optimistas do que a média dos europeus. No entanto, muito longe dos mais pessimistas, que continuam a ser os gregos, com 98% a classificarem a situação actual da economia helénica como má ou muito má.
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Felicidade e perdão
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Voltando a Portugal, o clima parece ser de optimismo também quanto ao futuro próximo. É que, inquiridos sobre as suas expectativas para os próximos 12 meses (tanto em termos individuais como colectivos), os 1.076 portugueses que responderam a este inquérito em Novembro deixaram mesmo uma previsão mais positiva do que o conjunto dos cidadãos europeus, "situando Portugal no quartil de Estados-Membros com melhores expectativas em relação à situação económica e laboral nacional" durante o ano de 2018.
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Outra inversão registada nesta última edição Eurobarómetro prende-se com a proporção média de portugueses com uma imagem positiva da União Europeia (53%), que vinha a recuperar desde 2014 e que finalmente atinge níveis semelhantes aos que se registavam antes da intervenção da troika, que envolveu a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional.
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Durante o resgate, a avaliação que os portugueses faziam da instituição europeia afundou. Ultrapassado o período do resgate financeiro e com a melhoria da situação económica no país, tanto em termos de crescimento do PIB como noutros indicadores, como o emprego, Portugal apresenta agora a quarta proporção mais alta de cidadãos que exprimem uma imagem positiva da UE, o que até já "situa o país substancialmente acima da média europeia" (40%).
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