PS atira para outubro posição oficial sobre as presidenciais
José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto e número dois do PS, revelou esta quinta-feira que os socialistas só irão decidir a posição oficial do partido na reunião da Comissão Nacional - órgão máximo entre congressos - prevista para outubro.
PUB
Em declarações prestadas no podcast do PS, Política com Palavra, o antigo governante atirou para o próximo mês uma decisão sobre a eleição, porém começou já a traçar, ainda que de forma muito genérica, o perfil que uma candidatura presidencial deve ter para poder beneficiar do apoio dos socialistas. O candidato ou candidata que vier a ser apoiado deve exercer a "função presidencial enquanto fator de equilíbrio e de moderação". "É [um cargo]
PUB
O número dois dos socialistas explicou que a decisão será apenas tomada nessa altura até porque, para já, o partido está sobretudo concentrado em responder a "uma das maiores crises sociais e económicas" a que já se assistiu.Mesmo sem querer definir qualquer posição, José Luís Carneiro aproveitou para deixar elogios ao mandato desempenhado pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem o Governo pôde até agora manter uma "boa cooperação institucional", observada "tanto no plano da política interna como da política externa" e que para o dirigente do PS "foi essencial para virar a página da austeridade e garantir a estabilidade do sistema político português".
Depois de, em maio, o primeiro-ministro, António Costa, ter inusitadamente lançado a recandidatura de Marcelo e antecipado a sua reeleição, numa espécie de anúncio informal de apoio a nova candidatura do chefe de Estado, o presidente da Assembleia da República, o socialista Ferro Rodrigues, confirmou que apoia o atual Presidente se este decidir apresentar-se na corrida a Belém.
PUB
Por seu turno, Carlos César, presidente do PS, assumiu nessa altura que Marcelo "é um dos candidatos que preenche potencialmente" os espaços de centro-esquerda e de centro-direita, e afastou qualquer hipótese de vir a apoiar Ana Gomes, que classificou de candidata "distante das pessoas, rude e divisionista". Já o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que é também o rosto da ala esquerda socialista - com a qual se identifica a diplomata - defendeu que o PS deveria ter um candidato próprio, caso contrário votará na candidatura do Bloco de Esquerda ou do PCP. E esta quarta-feira, Ana Benavente, antiga governante do PS, surgiu entre os apoiantes da recandidatura de Marisa Matias.Oficialmente, o PS não fez qualquer comentário ao anúncio da candidatura de Ana Gomes. Para além da socialista e na área política mais à esquerda, a bloquista Marisa Matias e o comunista João Ferreira já formalizaram as respetivas candidaturas presidenciais. À direita, são já conhecidas as candidaturas a Belém do populista e líder do Chega, André Ventura, e de Tiago Mayan Gonçalves, apoiado pela Iniciativa Liberal.
Marcelo Rebelo de Sousa, que o Negócios sabe pretender marcar as presidenciais para o terceiro (dia 17) ou quarto (dia 24) domingo de janeiro do próximo ano, só vai decidir se se recandidata em novembro.
Saber mais sobre...
Saber mais PS José Luís Carneiro Comissão Nacional Presidenciais Marcelo Rebelo de Sousa Ana Gomes Comissão NacionalMais lidas
O Negócios recomenda