Cristas: Quando fui ministra não aconteceu nenhuma tragédia com estas proporções
A presidente do CDS-PP afirmou hoje que, quando foi ministra da Agricultura, "não aconteceu nenhuma tragédia em Portugal com estas proporções", defendendo-se assim das críticas que lhe fazem pelas políticas que adoptou enquanto governante responsável pelas florestas.
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Assunção Cristas falava aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, após ter sido recebida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a seu pedido, com carácter de urgência, na sequência dos incêndios que deflagraram no domingo e provocaram, pelo menos, 42 mortos.
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Questionada sobre as suas responsabilidades enquanto ministra da Agricultura, respondeu: "Todos teremos certamente muito para dizer sobre o que fizemos, o que pudemos fazer ou não pudemos fazer e sobre aquilo que deixou de ser feito, e eu já tive oportunidade de o dizer publicamente".
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"Agora, o que lhe posso dizer é que, nos anos em que eu estive ministra da Agricultura, não aconteceu nenhuma tragédia em Portugal com estas proporções. E, portanto, não confundamos as pessoas, não confundamos os portugueses", completou a presidente do CDS-PP.
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Assunção Cristas esteve reunida com o chefe de Estado durante cerca de uma hora, acompanhada pelo líder parlamentar e vice-presidente do CDS-PP Nuno Magalhães e pelo presidente da Mesa do Conselho Nacional do partido, Telmo Correia.
Na segunda-feira, a presidente do CDS-PP pediu uma audiência com carácter de urgência ao Presidente da República a propósito dos incêndios que deflagraram no domingo.
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As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 42 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.
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Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
O Governo decretou três dias de luto nacional, entre terça-feira e quinta-feira.
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Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
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