SPD assume seis ministérios no novo Governo alemão

O líder dos sociais-democratas, Sigmar Gabriel, assume a pasta da Economia e Energia e o cargo de vice-chanceler. Wolfgang Schäuble mantém-se à frente do ministério das Finanças. Jörg Asmussen, que chegou a ser falado para o lugar de Schäuble, deixa o BCE para integrar a coligação.
Ana Luísa Marques e Eva Gaspar 15 de Dezembro de 2013 às 16:02

Sigmar Gabriel revelou este domingo, 15 de Dezembro, os seis membros do SPD que vão integrar o novo governo de coligação alemão. O líder do SPD assume o “superministério” da Economia e Energia e o cargo de vice-chanceler.

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A secretária-geral do SPD, Andrea Nahles, assume o cargo de ministra do Trabalho e dos Assuntos Sociais. Frank Walter Steinmeier volta a liderar a pasta dos Assuntos Exteriores – cargo que já tinha assumido na anterior Grande Coligação de 2005. 

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Manuela Schwesig será a ministra da Família. Barbara Hendricks assume a pasta do Ambiente e Sarre Heiko Maas passa a liderar o Ministério da Justiça e Consumo.

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Os sociais democratas assumem assim seis das 16 pastas do novo Governo de coligação. A CSU (braço autónomo dos conservadores da CDU na Baviera) ficará com os ministérios dos transportes, agricultura e desenvolvimento internacional. 

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Ao fim do dia, Angela Merkel desfez a grande dúvida em torno da pasta das Finanças, mantendo no cargo o Wolfgang Schäuble. Apesar de já ser certo que as Finanças iriam ficar sob a alçada da CDU, chegou a falar-se no nome de Jörg Asmussen para substituir o Schäuble. Os rumores não se confirmaram, mas o membro do BCE vai abandonar esta instituição para assumir o cargo de vice-ministro do Trabalho.   

 

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Para segunda-feira, 16 de Dezembro, está prevista a assinatura do acordo final entre SPD, CDU e CSU.

 

SPD assume seis ministérios no novo Governo alemão (act.)
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A fixação de um salário mínimo nacional de 8,50 euros por hora (na Alemanha esse valor mínimo está estabelecido por sectores, com base em negociações dos respectivos sindicatos e patrões) era uma exigência central do SPD com a qual Merkel discordava, não considerando "justo" um salário mínimo generalizado. Este deverá começar a vigorar a partir de 2015, possivelmente com um período de transição de dois anos para a sua aplicação.

 

Os partidos acordaram igualmente a flexibilização da reforma aos 67 anos para que trabalhadores com 45 anos de descontos possam reformar-se aos 63 sem penalização.

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Em matéria de políticas sociais, o compromisso prevê nomeadamente a aplicação, a partir de 2017, de uma "pensão mínima de solidariedade" de 850 euros e o aumento das pensões para mães de filhos nascidos antes de 1992.

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Salário mínimo nacional de 8,50 €

É a grande conquista do SPD com entrada em vigor marcada para 2015. A CDU está contra: teme que gere mais desemprego no Leste que atrai investimento com baixos salários. O patronato também reprova a medida.

 

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Excepção aberta para reforma aos 67 anos

Outra conquista do SPD: a idade da reforma desce de 67 para 63 anos para quem tiver 45 anos de descontos. A partir de 2017,  deve ser criada “pensão mínima de solidariedade” de até 850 euros. Por sugestão da CDU, mães com filhos nascidos antes de 1992 terão pensões melhoradas.

 

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Programa de governo custa 23 mil milhões

Novos investimentos em infra-estruturas e 3% do PIB direccionado para inovação.

               

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Não mais impostos, nem mais dívida

Todas as medidas terão de ser acomodadas dentro dos actuais recursos: não haverá subida de impostos nem nova dívida contraída pela Federação a partir de 2015. Recorde-se que o travão ao endividamento (equivalente à “regra de ouro”) foi inscrito na Constituição pela anterior grande coligação CDU-SPD ainda em 2009.

 

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Energia renovável sim, mas menos apoios

Em 2035, 55-60% da energia deverá provir de fontes renováveis, meta mais da próxima da da CDU. Subsídios serão reduzidos. 

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