Ir ao quiosque ou tabacaria da terra abrir uma conta e depositar ou levantar dinheiro é uma possibilidade criada pela Nickel, uma instituição de pagamentos criada em França e depois adquirida pelo BNP Paribas. Hoje tem 700 agentes em Portugal, o último dos quais abertos recentemente em Arouca, e caminha para os 15 mil na Europa. Convidado desta semana das Conversas com CEO, João Guerra revisita a crise financeira, iniciada em 2008, para identificar o espaço de mercado criado pela reestruturação da banca tradicional que deixou partes do território sem serviços bancários. Um mercado onde passou a estar a Nickel, começando por ser uma entidade virada para os mais baixos rendimentos, mas que hoje alargou a sua área de ação para todos os que precisam de serviços bancários simples. Numa entrevista de mais de meia hora, que pode ser ouvida na íntegra em podcast, o CEO da Nickel Portugal fala-nos do percurso deste banco, dos objetivos e dos desafios que a Europa enfrenta. Na sua perspetiva, a Europa é hoje “um velhote sentadinho com a mantinha e com as pantufas, com os bolsos cheios, a viver de uma forma tranquila”. Mas considera que é no setor financeiro que está a acordar identificando, entre outros, os projetos da comissária Maria Luís Albuquerque.