Reformar a eleição presidencial
A diferença entre estar na segunda volta ou ficar pelo caminho pode ser mínima, mas o impacto é enorme. O candidato que chega ao segundo lugar tem boas possibilidades de ganhar; o que fica em terceiro, mesmo que por uma margem ínfima, vê o seu projeto interrompido.
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As eleições presidenciais portuguesas são invulgarmente incertas e tudo indica que haverá uma segunda volta. O elevado número de candidatos, entre 8 e10, e a proximidade nas sondagens entre quatro deles, com um quinto não muito atrás, criam um cenário de fragmentação que desafia qualquer previsão. A diferença entre o segundo e o terceiro lugar pode ser apenas de décimas percentuais, o que significa que a passagem à segunda volta dependerá de detalhes ou do acaso: mobilização no dia da votação, capacidade de captar voto útil, impacto de um debate televisivo ou uma notícia nefasta na véspera da eleição.
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