Trump elogia resposta "muito inteligente" de Putin a sanções dos EUA

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou "muito inteligente" o facto de o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, não ter reagido imediatamente às sanções decididas pela Administração Obama pela alegada interferência informática nas eleições presidenciais.
Negócios com Lusa 30 de Dezembro de 2016 às 20:55

Putin condenou esta sexta-feira as sanções decididas por Washington, que incluem a expulsão de diplomatas, mas disse que não vai retaliar com a expulsão de norte-americanos. "Grande jogada, adiar. Sempre soube que ele era muito inteligente!", escreveu Trump no Twitter, em reacção.

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Trump, que no dia 20 de Janeiro é empossado como presidente dos Estados Unidos, também reagiu (ainda ontem noite) às sanções contra a Rússia anunciadas pelo ainda presidente Barack Obama, decretadas em resposta à alegada interferência russa nas presidenciais norte-americanas de 8 de Novembro.

 

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O próximo residente da Casa Branca comunicou que na próxima semana irá reunir-se com responsáveis dos serviços de inteligência norte-americanos para com eles debater a conclusão a que chegaram: a de que a Rússia pirateou os emails do Partido Democrata para "provocar ruído" nas eleições presidenciais de 8 de Novembro.

 

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Esta posição, sublinha a Bloomberg, poderá revelar uma possível mudança de atitude de Trump em relação às suas primeiras reacções, quando repeliu a possibilidade de qualquer envolvimento dos russos.

 

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No seu comunicado, Trump disse que "está na altura de cuidarmos das nossas vidas e de centrar as atenções em coisas maiores e melhores". "No entanto", prosseguiu, "no interesse do nosso país e do seu grande povo, reunir-me-ei com os líderes da comunidade dos serviços de inteligência, na próxima semana, para ser actualizado sobre os factos em torno desta situação".

 

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Recorde-se que Obama anunciou ontem, 29 de Dezembro, a aplicação de um conjunto de sanções à Rússia, que passa pela expulsão de território norte-americano de 35 diplomatas e operacionais dos serviços de inteligência russos e pelo encerramento de dois complexos (Nova Iorque e Maryland) de dois serviços de informação russos, o GRU e o FSB.

Tratou-se de uma decisão sem precedentes que, em comunicado, a Casa Branca justificou com "as actividades significativas" de pirataria informática que considera "inaceitáveis e que não serão toleradas".

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Nas últimas semanas da campanha eleitoral para as presidenciais de 8 de Novembro, que Trump viria a vencer, o Wikileaks foi publicando a conta-gotas – à cadência de cerca de uma notícia diária – informações comprometedoras não apenas para o Partido Democrata mas também, e em especial, para Hillary Clinton e os russos são tidos como responsáveis por essa situação, desencadeada pelo acesso aos emails da candidata democrata. 

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