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CDS alerta para situação "lamentável" nos serviços de informação perante ameaça de terrorismo

A líder centrista, Assunção Cristas, diz que é necessário que o Estado esteja "apetrechado" com as ferramentas necessárias em termos de inteligência, numa altura em que a Europa está confrontada com ameaças terroristas.

08 de Junho de 2017 às 11:15

A líder do CDS considera "lamentável" que os serviços de informação portugueses continuem sem liderança nem presidente de órgão de fiscalização, numa altura em que a Europa vive a "ameaça global" do terrorismo.

Em declarações à SIC Notícias esta quinta-feira, 8 de Junho, para comentar a entrevista de António Costa ontem no canal de Carnaxide, Assunção Cristas, referia-se à desistência de José Júlio Pereira Gomes para assumir o cargo de secretário-geral do Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP) e ao chumbo pelo Parlamento da social-democrata Teresa Morais para a fiscalização dos mesmos serviços.

"Não temos um chefe dos serviços de informação – (…) é uma questão que tem sido tratada de forma muito ligeira e irresponsável pelo Governo – e não temos a entidade que fiscaliza os serviços de informação," disse Cristas, acrescentando que esta é uma situação "lamentável para o Governo e para o PS."

"Temos uma ameaça global, na Europa, é preciso que os países estejam seguros no seu caminho, com todos os instrumentos apetrechados para vencer o combate ao terrorismo", completou.

O embaixador José Júlio Pereira Gomes manifestou esta quarta-feira, 7 de Junho, a sua indisponibilidade para assumir o cargo de secretário-geral do SIRP, depois das reservas levantadas à sua indigitação, relacionadas com o processo de retirada dos observadores portugueses de Timor em 1999.

Reservas deixadas por Ana Gomes – agora eurodeputada e anteriormente embaixadora de Portugal em Timor-Leste, na altura em que foi feito o referendo à autodeterminação do território – que dizia ao DN que o diplomata "não inspira confiança e autoridade junto dos seus subordinados nos serviços de informações" por alegadamente ter levado a missão portuguesa a sair de Timor contrariando directivas do Governo de então.

Ontem, António Costa – a quem Pereira Gomes declinou o convite – assegurou que, segundo a informação que recolheu, o diplomata evacuou a missão de observação eleitoral seguindo instruções directas do Executivo e "fez as diligências que lhe incumbiam para evacuar os timorenses que trabalharam e apoiaram a missão portuguesa."

Já o nome da deputada social-democrata Teresa Morais, foi, também ontem, recusado pelos deputados no Parlamento para liderar o Conselho de Fiscalização dos SIRP, falhando a maioria de dois terços (141 deputados) necessária para a eleição e tendo assegurado o apoio de 112 parlamentares, pouco mais que os deputados do PSD e CDS juntos. 

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