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CDS quer auditoria ao Ministério da Economia e desafia Governo a rever Constituição

Assunção Cristas defende a realização de uma auditoria ao Ministério da Economia para perceber se houve irregularidades cometidas pelos diversos governos. A líder centrista desafia o Governo a "embarcar" numa revisão constitucional que melhore a Justiça.

moção censura assunção cristas
moção censura assunção cristas Bruno Simão/Negócios
09 de Maio de 2018 às 17:04

O CDS utilizou várias "armas" para atacar o Governo, do "garrote" na Saúde à "barafunda" na preparação do combate aos incêndios, mas foi com o desafio lançado ao primeiro-ministro para "embarcar" numa reforma constitucional e na defesa de uma auditoria ao Ministério da Economia que a líder centrista, Assunção Cristas, tentou marcar posição no debate quinzenal que decorreu esta quarta-feira, na Assembleia da República. 

Cristas considerou relevante a realização de uma "auditoria interna" ao conjunto de decisões tomadas por Manuel Pinho quando foi ministro da Economia do Governo chefiado por José Sócrates. A este respeito, o primeiro ministro garante confiar plenamente no Ministério Público. 

"Se houve alguma ilegalidade praticada no ministério da Economia, em algum Governo, as autoridades judiciárias são competentes para proceder à investigação", reagiu António Costa. O chefe do Governo sustentou ainda que não costuma "presumir que os outros não são tão sérios" como ele próprio.

Foi então que a líder centrista perguntou ao primeiro-ministro se está disponível para "embarcar" numa alteração à Constituição de forma tornar o sector da Justiça mais eficaz. Costa começou por deixar Cristas sem resposta, notando que a Constituição não atribui qualquer capacidade de iniciativa ao Governo nessa questão, pelo que devem ser os deputados a fazê-lo. O primeiro-ministro solicitou então que a líder do CDS revele se tem "alguma sugestão concreta" sobre a matéria. 

Uma parte da intervenção do PCP também incidiu na corrupção, com Jerónimo de Sousa a criticar a "promiscuidade entre poder político e económico", sinalizando as opções tomadas nas "privatizações" feitas de forma "pouco transparente" e apontado exemplos concretos tais como o negócio dos "CTT, do SIRESP, da banca e dos submarinos".  

Também o secretário-geral comunista perguntou a Costa "qual a disponibilidade do Governo para que se avance em matéria de combate à corrupção", ao que o líder socialista respondeu com um curto "total". Costa recordou com "orgulho" que os principais instrumentos de combate e prevenção do fenómeno da corrupção resultam de iniciativas tomadas pelo próprio quando foi ministro da Justiça.

(Notícia actualizada)

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