A CDU desceu ligeiramente na percentagem de votos conseguida nas legislativas de domingo face às de 2024 e viu o seu grupo parlamentar encolher de quatro para três deputados.

E se a coligação liderada pelo PCP poderá ter ficado agradada com o facto de ter ultrapassado o Bloco de Esquerda, que deixa mesmo de ter um grupo parlamentar ao eleger apenas Mariana Mortágua, ver o Livre duplicar os mandatos da CDU e a direita reforçar significativamente a sua votação deixa um amargo de boca.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu que "o resultado da CDU, marcando resistência num quadro partiularmente exigente e face a múltiplos vaticínios, não reflete nem a expressão de apoio e de reconhecimento que a campanha mostrou nem o que a situação do país exigia". 

Num tom combativo, Paulo Raimundo mostrou-se fortemente crítico do crescimento da direita na representação parlamentar e atirou que "este não é o tempo para dar a mão à direita", num recado para o PS.