Costa e Jerónimo em debate: "Tudo o que assinámos foi cumprido"
O líder socialista e o secretário-geral do PCP deram o "pontapé de saída" dos debates para as eleições legislativas de outubro. Houve choque por causa da lei laboral.
O secretário-geral do PS, António Costa, e o líder do PCP, Jerónimo Sousa, iniciaram, esta segunda-feira, os debates para as eleições legislativas de 6 de outubro. Num frente-a-frente morno, os dois debateram acima de tudo a relação entre os dois partidos durante os quatro anos que durou a chamada geringonça - coligação entre os dois partidos, mais o BE, que permitiu manter a maioria de esquerda no parlamento. "Tudo o que assinámos foi cumprido", disse António Costa durante o debate na SIC. Os partidos conseguiram "provar que os caminhos não eram imcompatíveis", acrescentou o também primeiro-ministro, recordando que, apesar das "divergências insanáveis, houve "condições para trabalhar". Ainda assim, Costa defendeu que o Partido Socialista é o único que assume por completo a legislatura, enquanto os parceiros só o assumem em parte.
Os partidos conseguiram "provar que os caminhos não eram imcompatíveis", acrescentou o também primeiro-ministro, recordando que, apesar das "divergências insanáveis, houve "condições para trabalhar". Ainda assim, Costa defendeu que o Partido Socialista é o único que assume por completo a legislatura, enquanto os parceiros só o assumem em parte.
Já Jerónimo assumiu que o PCP "não" perdeu por fazer parte da geringonça", até porque foi determinante para recuperar "direitos que alguns julgavam perdidos para sempre". "Se hoje colocamos necessidade do reforço da CDU, tem a ver com o que foi alcançado e com o caminho que é preciso continuar a fazer", acrescentou.
E a solução governativa é para manter? "Em função dos resultados, veremos o que se fará", atirou Costa, garantindo que "nunca disse que [a solução governativa] não era para manter". Do lado do PCP, Jerónimo lembrou que o cenário muda a partir de outubro: "A conjuntura será diferente, não será igual, é incontornável." Fricção na legislação laboral O tema que mais aqueceu o debate foi mesmo a questão da legislação laboral, aprovada pelos socialistas e muito criticada pelos comunistas. "O Governo colocou ali uma norma em que o jovem à procura do primeiro emprego pode andar uma vida inteira a rodar em período experimental. Não é por acaso que os patrões estiveram de acordo com estas alterações", acusou Jerónimo. Costa recordou que esta "é a primeira lei, desde 1976, que, em vez de comprimir direitos, alarga os direitos dos trabalhadores". "Compreendo que Jerónimo de Sousa queria ir mais além, mas lei é importante", reforçou. Na terça-feira, 3 de setembro, será a vez de um frente-a-frente entre a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e a líder do CDS, Assunção Cristas, na RTP3.
Fricção na legislação laboral
O tema que mais aqueceu o debate foi mesmo a questão da legislação laboral, aprovada pelos socialistas e muito criticada pelos comunistas. "O Governo colocou ali uma norma em que o jovem à procura do primeiro emprego pode andar uma vida inteira a rodar em período experimental. Não é por acaso que os patrões estiveram de acordo com estas alterações", acusou Jerónimo.
Costa recordou que esta "é a primeira lei, desde 1976, que, em vez de comprimir direitos, alarga os direitos dos trabalhadores". "Compreendo que Jerónimo de Sousa queria ir mais além, mas lei é importante", reforçou.
Na terça-feira, 3 de setembro, será a vez de um frente-a-frente entre a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e a líder do CDS, Assunção Cristas, na RTP3.
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