A líder do CDS diz que não tem preferência sobre qual será o próximo presidente do PSD.  "Não tenho preferência, genuinamente, não os conheço sequer o suficiente para ter preferência", disse Assunção Cristas em entrevista à Renascença e ao Público.

Cristas pretende que o CDS vá sozinho às legislativas e diz que tem "acompanhado muito ao longe" a campanha do PSD, esperando que haja depois espaço para um entendimento à direita.

Afasta contudo consensos com o Governo, porque António Costa não quer e o CDS "tornou-se mais incómodo" com o resultado de Lisboa.

A potencial entrada da Santa Casa no Montepio também foi tema da entrevista à Renascença e ao Público, com  Cristas a mostrar-se "frontalmente contra" o negócio.

"Olhe para quem está de um lado, olhe para quem está do outro. Olhe para a grande família socialista. E no fundo, o que me é dado pensar, é que isto é tudo elaborado com muita facilidade entre uns e outros, chegando a soluções que não têm os reais interesses dos portugueses em primeiro lugar", critica a líder do CDS.

"Não sabemos quanto vale o Montepio, quanto vale a entrada da Santa Casa. Dizem-nos que o Montepio está muito bem, que não precisa de dinheiro nenhum. Então porquê pôr lá a Santa Casa? Porque é um bom negócio? O dinheiro dedicado às pessoas mais pobres ser alocado para um banco, quando a banca tem este histórico que acabámos por ver nos últimos anos? Há aqui muita coisa por explicar: tinha-se falado em 60 milhões, agora são 200 milhões? Por 10%? O que é que estamos a discutir?".

O assunto já tinha sido abordado ontem por Cristas no debate quinzenal.