Fundo de emergência para a habitação avança no primeiro trimestre de 2026
O primeiro-ministro adiantou no Parlamento que a criação do Fundo de Emergência, aprovado por iniciativa do Livre, integrará um terceiro pacote de medidas para a habitação que será apresentado nos primeiros meses do próximo ano e integrará alterações à lei das rendas e heranças indivisas.
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O Fundo de Emergência para a Habitação está em circuito legislativo e deverá avançar nos primeiros meses do próximo ano, afirmou esta sexta-feira no Parlamento o primeiro-ministro. Luís Montenegro referiu que está em preparação um terceiro pacote de medidas para a habitação, “que será anunciado no 1.º trimestre” e que integrará medidas no âmbito do “arrendamento urbano, heranças indivisas e também, a criação deste fundo de emergência, estamos a trabalhar em cima disso”.
O primeiro-ministro, que participa num debate em plenário, respondia a Isabel Mendes Lopes, líder parlamentar do Livre, partido do qual partiu a iniciativa para a criação deste fundo, incluído no Orçamento do Estado para 2024 com o objetivo de ajudar pessoas em risco de perder a casa, financiando alojamento temporário ou ajudando no pagamento de rendas/créditos.
Montenegro refutou também críticas da deputada ao valor de 2.300 euros previsto pelo Governo como “valor moderado” de renda para efeito de incentivos fiscais, nomeadamente IVA da construção a 6% ou taxa de apenas 10% de IRS nos rendimentos prediais.
“Estamos a trabalhar para aumentar a oferta no mercado do arrendamento em todos os contextos, onde o preço da mediana é mais baixo e mais elevado e isso tem de contemplar um intervalo de renda que possa abranger todas as famílias que têm carências habitacionais".
O pacote de medidas fiscais conhecido esta semana “não terá um efeito imediato na descida dos preços”, admitiu o primeiro-ministro. “Os processos de construção e requalificação do edificado que existe ainda não iniciar-se”, mas “no médio prazo o aumento de oferta terá inevitavelmente um impacto no preço, moderando-o”.
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