Montenegro: “Há todas as condições para chegar a acordo na legislação laboral”
O primeiro-ministro insiste que há ainda condições para um acordo com os sindicatos sobre a legislação laboral e diz que o Governo “tem respeito integral pelo direito à greve”, mas não a compreende “nesta ocasião”.
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“A reforma laboral foi apresentada em julho, está em cima da mesa negocial e há todas as condições para que se possa conseguir um acordo”, declarou esta sexta-feira, no Parlamento, o primeiro-ministro. As alterações à lei laboral, insistiu, “é apenas um pretexto” para uma greve que “é política e motiva aqueles que não querem chegar a acordo, a CGTP, e mobiliza os outros que caíram na armadilha da CGTP”, acusou.
Luís Montenegro falava esta sexta-feira no Parlamento, durante um debate, em plenário, com o primeiro-ministro, na semana que antecede a greve geral convocada para o próximo dia 11 de dezembro.
“É óbvio, mas tem de ser reforçado”, que “o Governo tem um respeito integral pelo direito à greve, pelo legítimo interesse desse direito e que não coloca nunca em causa”, sublinhou o primeiro-ministro. Questão diferente é que se compreenda que nesta ocasião se lance mão deste direito e se convoque uma greve geral.
O rendimento médio subiu 6,7% em 2024, “o maior da OCDE”, defendeu, lembrando também a recente aprovação do Orçamento do Estado no Parlamento e as “quatro vezes que este Governo desceu já o IRS”. E sublinhou que no acordo tripartido assinado com os patrões se previa já uma revisão da lei laboral.
“Agora estamos no caminho certo e a construir o Portugal do futuro”, insistiu. “São números de emprego historicamente altos, números de desemprego historicamente baixos, são oportunidades que estão a aparecer e a florescer na nossa economia". "Uma greve geral porquê, e para reclamar o quê?”, questionou.
“Não, não vem aí nenhuma revolução”, mas sim “a valorização da nossa economia e vale a pena voltar a trabalhar e esta greve não faz sentido”, rematou.
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