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Ministra da Saúde “vai continuar”. Ideia de demissão é só “espuma mediática", diz Leitão Amaro

Ministro da Presidência afirma que Executivo reconhece “com humildade que tem de fazer mais” na Saúde, mas qualifica notícias que dão conta da intenção de Ana Paula Martins deixar o cargo como “especulação que começa e acaba nos jornais”.

Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, diz que 'especulação' sobre saída de Ana Paula Martins é 'espuma' que 'vai passar'.
Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, diz que "especulação" sobre saída de Ana Paula Martins é "espuma" que "vai passar". Manuel de Almeida Lusa/EPA
17:21

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, “vai continuar a fazer um trabalho hercúleo” na Saúde, afirma António Leitão Amaro, o ministro da Presidência, garantindo nesta quarta-feira solidariedade dos restantes membros do Governo para com Ana Paula Martins, e qualificando como “espuma mediática” que passará as notícias que dão conta de que a responsável terá manifestado a intenção de deixar o Executivo de Luís Montenegro.

“Todos no Governo sabemos isto: se há alguém no Governo que herdou uma herança pesada e que tem feito, e que vai continuar a fazer um trabalho hercúleo para resolver um problema dramático deixado no Serviço Nacional de Saúde, se alguém tem essa herança pesada, mas a capacidade, a confiança para a resolver, é seguramente a ministra da Saúde, Ana Paula Martins”, afirmou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, questionado sobre o tema após reunião do Conselho de Ministros.

Nesta terça-feira, o Expresso indicava que Ana Paula Martins teria já manifestado a intenção de deixar o Ministério da Saúde, mas ao mesmo tempo escrevia que o primeiro-ministro só deveria aceitar a saída no final do ano, após terem sido assegurados alguns diplomas para o setor.

A reunião de Conselho de Ministros de hoje – com vários diplomas aprovados nas áreas da cibersegurança, ambiente, processo orçamental e competências da Agência para a Integração, Migrações e Asilo, mas não na saúde – foi entretanto antecedida de uma outra reunião em que participaram Ana Paula Martins e Luís Montenegro, num momento em que não só várias vozes defendem a saída da ministra na sequência da morte de um bebé e mãe no Hospital Amadora-Sintra, como também as empresas de prestadores de serviços do SNS ameaçam paralisar urgências para contestar legislação do Governo que irá baixar valores pagos e criar um novo regime de incompatibilidades, segundo avançou o Público.

Para Leitão Amaro, o debate em torno de uma eventual demissão de Ana Paula Martins é “especulação que começa e acaba nos jornais”, ou “espuma mediática”, que considera que irá passar.

Quanto ao estado dos cuidados de saúde prestados à população, o ministro da Presidência afirmou que os membros do Governo “reconhecem com humildade que têm de fazer mais”.  “Dada a gravidade do problema, não conseguimos fazer tudo num ano”, insistiu ainda mais à frente.

Já relativamente à revisão do regime aplicável aos chamados “tarefeiros”, Leitão Amaro garantiu que o Governo mantém a intenção de limitar o acesso à prestação de serviços para o SNS via regime de incompatibilidades, defendendo que é uma “mudança que tem de ser feita” e afirmando que até o Conselho de Ministros fazer avançar as alterações havia “consenso nacional total” sobre a sua necessidade. Aos profissionais que ameaçam com indisponibilidade para assegurar urgências, o governante pediu que “mantenham o espírito de serviço” e acenou com condições facilitadas para a vinculação destes profissionais ao Serviço Nacional de Saúde.

Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, Leitão Amaro deu conta de alguns dos diplomas aprovados. Nestes se incluem a revisão do regime jurídico de cibersegurança, que trará obrigações de prevenção, recuperação e informação perante ataques digitais para entidades tanto do setor público como do privado, de acordo com uma matriz de risco. O ministro assegurou que o Governo procurou não aumentar custos de contexto para as empresas nesta revisão que também trará a descriminalização do chamado “ethical hacking”. O Governo faz também avançar um diploma para a “simplificação do processo orçamental” destinada a inibir “cavaleiros orçamentais” (propostas orçamentais que entende que devem ficar fora da discussão dos Orçamentos do Estado), e que já tinha sido antecipada pelo ministro das Finanças, Miranda Sarmento, até aqui sem grandes detalhes.

Além disso, o Conselho de Ministros também aprovou alterações ao regime da caça (incluem a desburocratização das cartas de caça, segundo Leitão Amaro), ao regime de proteção do lobo ibérico (aumentando as indemnizações a produtores de pecuária afetados por ataques de lobos), bem como à Estratégia Nacional para o Ruído (o Governo fala em afastar “fundamentalismo ambiental”, bem como “negacionismo ambiental”, não sendo ainda conhecidos os conteúdos do documento.

Atualizado com mais informação às 18h26.

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