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PSD chama Medina de "incompetente e leviano". Costa mantém confiança no ministro

No debate sobre a moção de censura ao Governo, o líder parlamentar do PSD acusou Fernando Medina de ter sido "incompetente" e "leviano" na nomeação de Alexandra Reis. Apesar da polémica, o primeiro-ministro garantiu que mantém a confiança política no ministro das Finanças.

Costa e Medina
Costa e Medina
05 de Janeiro de 2023 às 17:14

O primeiro-ministro, António Costa, reiterou esta quinta-feira que mantém a confiança política no ministro das Finanças, Fernando Medina, apesar da polémica em torno da choruda indemnização da TAP paga à ex-secretária de Estado Alexandra Reis. 

"É evidente que sim [o ministro das Finanças tem condições para continuar apesar da polémica em torno da indemnização de meio milhão de euros paga à ex-secretária de Estado do Tesouro], se não o que estaria a fazer sentado na bancada do Governo", disse o líder do Executivo socialista, no debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo IL, no Parlamento. 

O primeiro-ministro respondia assim ao líder do grupo parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, que acusou Fernando Medina de ter sido "incompetente" e "leviano" na nomeação de Alexandra Reis para o cargo de secretária de Estado do Tesouro.

"O seu ministro das Finanças assinou o despacho de nomeação [de Alexandra Reis] para presidente da NAV. Mas não olhou nem perguntou porque é que uns meses antes tinha saído da TAP. (...) Nomeou-a para secretária de Estado do Tesouro e ninguém lhe perguntou nada. Por isso perguntou eu: é esta a forma de governar?", questionou, acusando o Governo de ignorar "a ética republicana da responsabilidade política".

E acrescentou: "Que autoridade política tem o seu ministro das Finanças? Como podem os portugueses confiar no seu ministro das Finanças para garantir a boa gestão e o controlo dos dinheiros públicos. Ter um ministro das Finanças incompetente, leviano e irresponsável, até pode acontecer, mas mantê-lo depois deste caso e é vossa excelência?"

Em resposta ao líder da bancada social-democrata, António Costa sublinhou as conquistas de Fernando Medina no Governo. "Este ministro das Finanças entrou em funções a meio do ano, com uma guerra que tinha sido desencadeada, com uma crise inflacionista pela frente e em que tínhamos um cenário de grande imprevisibilidade", começou por explicar. 

E salientou que, quanto todos acreditavam que "vinha aí o diabo", Portugal chegou ao fim do ano "como sendo um dos países que mais reduziu a sua dívida pública, em 10 pontos percentuais, com um défice inferior ao previsto e que conseguiu acorrer com mais 6.400 milhões euros de despesa extraordinária para apoiar famílias e empresas a responder à crise inflacionista".

"Foram estes resultados que este ministro das Finanças e este Governo conseguiram o ano passado", argumentou, sublinhando que esses 6.400 milhões euros foram essenciais para garantir que Portugal continuará a crescer e a perda de poder de compra é contida.

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